Bolsa fecha em alta e volta a atingir maior nível em mais de um mês

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Puxado pelo desempenho de Petrobras e OGX, de Eike Batista, o principal índice de ações da Bolsa brasileira fechou nesta quinta-feira (25) em alta de 1,43%, a 49.066 pontos. É a maior pontuação do Ibovespa desde 18 de junho, quando ficou em 49.464 pontos. "Mais uma vez nossa Bolsa subiu mais que os mercados nos EUA sem motivo. Os investidores podem estar aproveitando para comprar ações baratas", diz Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.

Segundo Revi, os poucos indicadores econômicos da agenda brasileira e americana não influenciaram os mercados de ações hoje, que seguem mais pautados no desempenho das empresas em meio a temporada de divulgação de resultados.

Nos EUA, o número de americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego subiu levemente na semana passada, em um sinal de que o mercado de trabalho do país continua a melhorar em um ritmo moderado. Já as novas encomendas de bens duráveis aumentaram em junho, oferecendo sinais de uma aceleração da atividade econômica.

Por aqui, o mercado avalia a notícia de que São Paulo registrou deflação de 0,16% na terceira quadrissemana de julho, ante inflação de 0,01% na segunda quadrissemana do mês, segundo dados do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

"Estamos vivendo um período de recuperação de curto prazo do Ibovespa. Nossa Bolsa está muito defasada. Caminhamos para fechar julho em alta. Se isso se confirmar, seria o primeiro mês com desempenho positivo do Ibovespa no ano", diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

"O cenário está melhorando: a economia dos EUA está indo bem, a China disse que vai manter crescimento acima de 7% e, aqui, a inflação parece estar sendo controlada e o enfraquecimento da economia pode não ser tão agudo quanto alguns imaginavam. Se isso continuar assim, o Ibovespa deve diminuir a diferença de desempenho em relação aos mercados externos", completa Galdi.

A alta das ações mais negociadas da Petrobras e da OGX, petroleira de Eike Batista, impulsionou o Ibovespa nesta quinta. A primeira subiu 2,75% para R$ 16,84, enquanto a segunda avançou 3,7% para R$ 0,56. Esses papéis, juntos, representam em torno de 14% do Ibovespa.

Outra ação de Eike Batista, a da mineradora MMX, liderou os ganhos do Ibovespa no dia, subindo 10,6% para R$ 1,67. Em sentido oposto, os papéis do Santander Brasil tiveram a maior queda do índice no dia, de 2,96%, para R$ 13,76.

Dólar

O dólar à vista -referência para as negociações no mercado financeiro- fechou com valorização de 0,52% em relação ao real, cotado em R$ 2,261 na venda. O dólar comercial -utilizado no comércio exterior- caiu 0,48%, para R$ 2,239.

O Banco Central promoveu pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro. Foram vendidos todos os 20 mil contratos oferecidos, com vencimento em 2 de janeiro de 2014, por US$ 993 milhões.

Essa foi a terceira operação desse tipo realizada pelo BC no câmbio nesta semana. Ao todo, a autoridade injetou US$ 2,980 bilhões no mercado neste período. Um novo leilão de swap cambial tradicional será realizado pela autoridade monetária nacional amanhã, entre 10h30 e 10h40. Serão oferecidos mais 20 mil contratos com vencimento em 2 de janeiro de 2014.