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 | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Bovespa trabalhou o dia todo na contramão de Nova York e fechou a sessão desta terça-feira (26)em queda. Sem pregão na véspera, por causa do feriado do aniversário de São Paulo, a terça-feira serviu para ajustar posições ao comportamento dos ADRs em Wall Street ontem.

O Ibovespa encerrou a sessão em queda de 1,40%, aos 37.497,48 pontos.Os profissionais consultados reforçaram a leitura da manhã de que a Bovespa hoje teve um pregão de ajuste. O sinal negativo também foi atribuído à falta de credibilidade do governo, que deixa o investidor desconfortável em assumir posições na bolsa.

A ação ON da Petrobras caiu 4,03%, a R$ 5,96, enquanto a PN perdeu 4,76%, a R$ 4,20. Destaque para a notícia das 13h21 de que os trabalhadores da Petrobras receberam indicação da empresa de que o resultado financeiro do último trimestre do ano passado pode comprometer o ganho acumulado nos primeiros nove meses do ano.

O preço do petróleo conseguiu reverter as perdas da manhã e virou para cima à tarde, quando passou a operar com forte valorização. A alta do petróleo impulsionou as bolsas americanas, que bateram máximas no começo da tarde e suavizaram as perdas da Bovespa. Às 18h10, o Dow Jones subia 1,42%, o S&P tinha ganho de 1,03%, e o Nasdaq, de 0,78%. O contrato do petróleo para março fechou em alta de 3,65%, a US$ 31,45.

Câmbio

O dólar à vista fechou em baixa de 1,11%, cotado a R$ 4,0625. A queda da moeda norte-americana foi determinada principalmente pela recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional, que aumentou o apetite por risco dos investidores e valorizou as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil.

O dólar chegou subir pela manhã, quando atingiu a máxima de R$ 4,1221 (+0,34%). A virada aconteceu depois que o ministro do Petróleo do Iraque, Abdul Karim Luaibi, declarou que a Arábia Saudita, o maior exportador mundial da commodity, está “mais flexível” em relação a possíveis cortes em sua produção. Além disso, a petrolífera estatal saudita Saudi Aramco disse que o aumento da demanda por petróleo pode superar 1,2 milhão de barris por dia em 2016.

Os comentários fizeram o petróleo se firmar em alta e, durante a tarde, chegar a subir mais de 6% em Londres e em Nova York.

O cenário doméstico apresentou poucas novidades. Pela manhã, o Banco Central informou que o país teve déficit em conta corrente de US$ 2,460 bilhões em dezembro, um resultado melhor que o rombo de US$ 11,654 bilhões de dezembro de 2014. No ano passado, o déficit ficou em US$ 58,942 bilhões, também melhor que os US$ 104,181 bilhões do acumulado de 2014.

Outro destaque foi o Investimento Direto no País (IDP, antigo IED), que somou US$ 15,211 bilhões em dezembro e US$ 75,075 bilhões em 2015, cobrindo com folga os déficits em conta corrente. Com o resultado desta terça-feira, o dólar à vista passa a acumular alta de 2,59% em janeiro.

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