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A Bolsa de São Paulo interrompeu nesta quinta-feira (22) uma sequência de três quedas seguidas graças aos dados positivos no Brasil e na China, sem ser afetada pelo resultado da pesquisa de intenções de votos do Ibope.

O Ibovespa, principal índice do mercado nacional, subiu 1,15%, com destaque para a Vale (1,68%) e o Banco do Brasil (3,54%), entre os papéis de maior peso. Só nove das 71 companhias do índice fecharam em queda.

Resultado preliminar da indústria na China ficou acima do previsto e ajudou a afastar os temores de desaceleração acentuada da atividade, beneficiando setores ligados ao país, como mineração e siderurgia.

No Brasil, o desemprego também agradou o mercado. A taxa de abril atingiu a menor marca para o mês desde 2002 e ficou abaixo do previsto, embora tenha sofrido influência de menos pessoas em busca de emprego.

A mais recente pesquisa de intenções de votos pouco influenciou os investidores. O Ibope mostrou um avanço da presidente Dilma Rousseff na corrida eleitoral. Segundos os dados, Dilma seria reeleita em primeiro turno caso as eleições fossem hoje. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) também subiram e reduziram a diferença para Dilma.

A expectativa de uma recuperação da presidente havia ajudado a derrubar o mercado na terça-feira. Os investidores acreditam que a mudança de presidente poderia ser favorável para as empresas estatais, que sofreriam menos influência do Planalto. Assim, quando Dilma cai nas pesquisas, as ações dessas empresas sobem e ajudam a valorizar o Ibovespa. Nesta semana, ocorreu o contrário.

Em geral, as mudanças relacionadas ao cenário político na Bolsa costumam acontecer na véspera das divulgações, motivadas por boatos sobre o resultado. De acordo com o analista da Geral Investimetnos, Filipe Machado, a divulgação dos dados teve pouca influência hoje porque o mercado já havia se adiantado aos cenários mais prováveis no início da semana. "O mercado precifica um pouco antes. Na terça-feira já estavam falando que Dilma ia ganhar (pontos)", diz.

Bancos

Os bancos representaram outra frente favorável ao mostrar recuperação do tombo do pregão anterior causado por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) desfavorável ao setor. A corte determinou que os juros de mora nas ações dos planos econômicos devem contar a partir da citação, nos anos 1990, e não da execução das sentenças.

Caso sejam considerados responsáveis pelas indenizações em processo no STF (Superior Tribunal Federal), os bancos terão de pagar bilhões a mais por causa da decisão de ontem. Além do Banco do Brasil, Itaú (1,2%) e Bradesco (1%) também recuperaram parte das perdas. A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) informou nesta quinta-feira que os bancos vão recorrer da decisão do STJ.

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