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A crise nos mercados financeiros continua abalando as bolsas mundiais. As bolsas asiáticas fecharam a segunda-feira (5) em forte queda e derrubaram as principais bolsas européias, que abriram em baixa de mais de 2%.

Logo no início da manhã, o índice das principais ações européias, o FTSEurofirst 300, perdia 2,38%. Na Alemanha, o índice DAX perdia 2,38%, enquanto a bolsa da França caía 2,15%.

"Parece que estamos começando a semana de onde deixamos a semana passada", afirmou Mike Lenhoff, estrategista-chefe do Brewin Dolphin. "Eu estimo que nós estamos na metade do caminho de uma correção de 10%", acrescentou.

Tombo em Tóquio

A bolsa japonesa fechou o dia com a quinta baixa seguida, de 3,34%, o que acabou afetando as outras bolsas da região. O índice Nikkei, média dos 225 principais valores de Tóquio, perdeu 575,68 pontos e caiu a seu menor nível desde 12 de dezembro. Na semana passada, a perda acumulada foi de 5,34%.

As outras Bolsas do sudeste asiático também tiveram um dia de prejuízo, afetadas pela queda de Wall Street (-0,98%) na sexta-feira.

A Bolsa de Xangai, onde a tormenta mundial começou em 27 de fevereiro, com uma queda de 8,84%, encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,63%.

A Bolsa de Hong Kong também fechou em forte queda de 4,0%, com o índice Hang Seng (HSI) perdendo 777,13 pontos, a 18.664,88 unidade. O HSI perdeu mais de 2.000 pontos desde a semana passada. Outros mercados fecharam em forte queda: Manila (-4,54%), Taipé (-3,74%), Seul (-2,71%), Sydney (-2,29%) e Wellington (- 1,57%).

Efeito Xangai

O nervosismo no mercado começou na terça-feira (27), quando a bolsa de Xangai (China) teve a maior queda da década, depois que rumores de que o governo interviria no mercado se espalharam entre os investidores chineses. Também há temores em relação a uma desaceleração na economia dos EUA.

Semana tensa

A instabilidade nos mercados internacionais derrubou os resultados da Bovespa, que caiu 7,92% na semana passada.

No exterior, as bolsas européias tiveram a pior semana desde setembro de 2001, por conta da preocupação do mercado com a crise que começou na China e se espalhou por todos os mercados financeiros. A situação não foi melhor nos Estados Unidos: as bolsas de valores norte-americanas tiveram sua pior semana em mais de quatro anos.

Mais turbulência

Para esta semana, os analistas esperam mais instabilidade nas bolsas de valores e, talvez, mais quedas nos preços dos ativos financeiros. O clima de insegurança permanece elevado, com todas as atenções voltadas para a saúde da economia dos Estados Unidos. Tanto que o próximo relatório com os dados do mercado de trabalho norte-americano - que será divulgado apenas na próxima sexta-feira - já é alvo de enorme expectativa e cautela.

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