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As bolsas chinesas voltaram a despencar nesta segunda-feira, após a queda da semana passada, que afetou todos os mercados mundiais em meio a crescentes temores sobre a segunda economia do planeta.

A bolsa de Xangai, a maior do país, fechou com queda de 5,33%, com o índice composto caindo 169,71 pontos, a 3.016,70 unidades. A de Shenzhen, segunda praza mais importante da China, fechou em queda de 6,60%, a 1.848,10 unidades.

Xangai já caiu cerca de 10% a semana passada, afetando os mercados mundiais.

Embora as bolsas da China serem bastante desconectadas do resto do mundo devido às drásticas restrições e os controles do fluxo de capitais, há preocupação com os sinais de fraqueza da economia chinesa.

Apesar de a bolsa de Xangai não ser um reflexo fiel da conjuntura, os investidores chineses se alarmam pela clara desaceleração do crescimento econômico do país. Além disso, duvidam da capacidade das autoridades para reativar a economia, apesar dos múltiplos planos de apoio e das reiteradas medidas de flexibilização monetária.

Como já aconteceu em outras intervenções governamentais precedentes, a aplicação na semana passada de um circuit breaker (interrupção automática das sessões da Bolsa em caso de uma forte queda) se revelou contraproducente, e só conseguiu exacerbar a angústia geral.

O mecanismo, aplicado duas vezes quando as duas bolsas caíram cerca de 7%, foi finalmente suspenso na sexta-feira, provocando uma recuperação temporária.

“O mercado já está em uma espiral descendente e ainda está explorando o fundo depois da queda da semana passada”, disse Zhang Yanbing, analista da Zheshang Securities. “A economia está recuando, não se vê em nenhuma parte indício de uma recuperação”, acrescentou.

Alguns indicadores publicados no sábado alimentaram o pessimismo. Os dados da inflação em dezembro, de 1,6%, muito abaixo da meta de “aproximadamente 3%” fixada pelo governo.

O índice que mede a evolução dos preços de venda à saída de fábrica (PPI) caiu pelo 46º mês consecutivo, lembrando os problemas do setor industrial, obrigado a reduzir preços em um contexto de queda das exportações e de pouca demanda interna.

Na semana que vem, será anunciado o crescimento do PIB da China para 2015, que será um dos mais baixos dos últimos 25 anos.

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