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As bolsas de valores de todo o mundo voltaram a cair nesta quarta (9) após o anúncio do governo dos Estados Unidos de iniciar a taxação de 104% sobre a China em represália à retaliação de 34% sobre os produtos americanos. O movimento, que começou na terça (8) a tarde, seguiu ao longo do dia e da madrugada e chegou aos mercados asiáticos, que foram os primeiros a sentirem o “dia seguinte”.
Das principais bolsas asiáticas, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio, no Japão, fechou o dia com uma forte queda de 3,93%, e 1,74% em Seoul, na Coreia. Já a de Hong Kong teve perdas menores com uma leve alta de 0,68%, enquanto que Shangai teve uma recuperação de 1,31%.
Por outro lado, as bolsas europeias operam em queda desde a abertura, com -2,76% em Frankfurt, -2,64% em Paris e -2,8% em Londres.
Além da taxação de 104% sobre a China, também pesa no desempenho das bolsas europeias a entrada em vigor da tarifa de 20% sobre produtos selecionados da União Europeia.
As duas principais bolsas das Américas, a de São Paulo e a de Nova York, também sentiram o impacto do “dia seguinte” e abriram em queda nesta quarta (9).
Na terça (8), o índice Dow Jones fechou em queda de 0,84%, enquanto que a Nasdaq amargou 2,15%. No Brasil, o Ibovespa não resistiu ao resultado positivo do começo do dia e terminou em queda de 1,32%. O dólar, por outro lado, teve uma forte alta de 1,47% a R$ 5,99.
Na contramão da China
Enquanto a China vai na contramão e resolve bater de frente com Trump, a Casa Branca disse nesta terça (8) que cerca de 70 países entraram em contato com o governo do presidente Donald Trump para negociar a retirada das tarifas que começaram a ser impostas na última semana.
“Os países estão trabalhando para reformar suas práticas comerciais injustas e abrir seus mercados ao nosso país, por quê? Porque eles respeitam profundamente o presidente Trump e o poder do mercado americano”, disse a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, em entrevista coletiva.
“Eles perceberam que enriqueceram enormemente nas últimas décadas impondo tarifas substanciais sobre os produtos americanos e barreiras não monetárias absurdas para bloquear a indústria americana”, acrescentou.
Na semana passada, Trump apresentou tarifas globais de 10% e taxas mais altas para outras regiões e países, como União Europeia e China, que entrarão em vigor nesta quarta-feira (9).
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