Ouça este conteúdo
As bolsas de valores de São Paulo e de Nova York abriram em queda nesta quarta (9) seguindo os demais mercados financeiros mundiais em reflexo à nova retaliação tarifária da China contra os Estados Unidos, anunciada mais cedo.
O Ibovespa, que é o principal índice da B3 – a Bolsa de Valores de São Paulo – iniciou as negociações com uma queda de 0,82% por volta das 10h30. Já em Nova York, o Dow Jones caiu 0,69% no início do pregão enquanto que a Nasdaq subiu 0,93%.
As duas principais bolsas das Américas seguiram a queda registrada nas maiores europeias e no fechamento das asiáticas, com perdas que chegaram a 3,93% em Tóquio.
Por outro lado, a negociação do dólar disparou no Brasil em 1,31%, sendo cotado a R$ 6,07 às 10h40. O euro acompanhou a disparada da manhã e chegou a R$ 6,72, com uma alta de 2,27%.
O novo dia de caos no mercado financeiro ocorre após a China aplicar uma nova taxação de 84% aos produtos dos Estados Unidos, em resposta à entrada em vigor da tarifa de 104% imposta pelo presidente Donald Trump em retaliação à taxa de 34% determinada pelos chineses antes.
A guerra fiscal entre os dois países ocorreu em meio ao avanço das negociações dos Estados Unidos com outros 70 países que procuraram Trump para minimizar os efeitos do tarifaço anunciado na semana passada.
De acordo com a China, as tarifas adicionais começarão a valer a partir desta quinta-feira (10). “Com uma vontade firme e recursos abundantes, a China tomará contramedidas resolutas e lutará até o fim”, disse o Ministério do Comércio chinês em um comunicado.
Além das cobranças extras, a China anunciou uma nova lista com 12 entidades americanas que estarão sujeitas ao controle de exportação e seis empresas consideradas "entidades não confiáveis" pelo gigante asiático.