A Bolsa de Nova York se recuperou fortemente nesta terça-feira (10), ajudada pela disparada das ações de instituições financeiras depois dos comentários do banco Citigroup sobre a obtenção de lucro no início deste ano.
O índice-referência para Wall Street, o Dow Jones, teve a maior alta desde novembro de 2008. Todos os 30 papéis que compõem o indicador fecharam em alta, segundo informações de fechamento.
O Dow Jones teve alta de 5,8%, fechando aos 6.926 pontos, enquanto o indicador tecnológico Nasdaq ganhou 7,07%, terminando o dia aos 1.358 pontos. O índice Standard & Poor's 500, que reúne grandes empresas dos EUA, ganhou 6,37%, para 719 pontos.
Recuperação
Após uma queda de aproximadamente 20% do Dow Jones nas quatro últimas semanas, que o afundaram a ponto de atingir seu pior nível em 12 anos, o mercado ganhou um motivo para se recuperar, de acordo com Art Hogan, da consultoria Jefferies.
Em um documento interno, o Citigroup, que registrou em 2008 prejuízo de mais de US$ 18 bilhões, indicou ter voltado a lucrar no primeiro bimestre do ano. "Wall Street precisava de uma boa notícia, e o Citigroup proporcionou uma", destacou Joseph Hargett, da consultoria Schaeffer's Investment.
De acordo com uma carta enviada aos funcionários pelo presidente da instituição, Vikram Pandit, o banco teve lucro de US$ 8,3 bilhões, descontados impostos e itens especiais até fevereiro. No entanto, as provisões para perdas com crédito e baixas contáveis podem diminuir ou até zerar os ganhos. Pandit não apresentou potenciais perdas com provisões.
Mudanças contábeis
Os papéis de instituições financeiras aproveitaram o potencial reforço da regulamentação americana sobre as vendas a descoberto - que consistem em especular sobre a queda de uma ação -, além de botatos sobre uma eventual flexibilização das normas contábeis.
Comentários neste sentido foram feitos pelo influente presidente democrata do Comitê de Assuntos Bancários da Câmara dos Representantes americana, Barney Frank. "(A iniciativa pode reduzir a volatilidade dos mercados", comentou o analista Al Goldman, da Wachovia Securities.
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