Bombardier vê demanda por jatos executivos em recuperação

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A canadense Bombardier teve alta de 13 por cento no lucro do primeiro trimestre fiscal, à medida que a demanda por jatos executivos começa a se recuperar.

A empresa, principal concorrente da brasileira Embraer, disse que recebeu mais encomendas por seus novos aviões comerciais C-Series, que começam a ser entregues em 2013.

Os pedidos de jatos executivos, que caíram fortemente em 2009 com empresas reduzindo custos e com o crédito escasso dificultando o financiamento de compras de aeronaves, estão melhorando junto com a recuperação da economia global.

A Bombardier previu em março que entregará 150 aviões executivos e 90 jatos comerciais no ano calendário 2011.

A unidade aeroespacial do grupo recebeu encomendas firmes avaliadas em 665 milhões de dólares por 10 unidades dos jatos C-Series da sueca Braathens Aviation. Com isso, o total de pedidos firmes pelo modelo chegou a 100 unidades. Os jatos C-Series, cujos modelos terão de 110 a 145 assentos, competem com o Boeing 737 e com o Airbus A320.

A Braathens também tem opção de compra de outros 10 aviões C-Series, o que poderia elevar o total do negócio com a sueca a 1,37 bilhão de dólares.

A empresa canadense não anunciava uma nova encomenda pelos jatos C-Series desde fevereiro de 2010.

Lucro e carteira de pedidos

A Bombardier, que também é a maior fabricante mundial de trens, teve lucro líquido trimestral de 220 milhões de dólares, ou 0,12 dólar por ação, comparado a 195 milhões de dólares, ou 0,11 dólar por ação, um ano antes.

Analistas esperavam, em média, lucro de 0,10 dólar por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

A receita total avançou 9 por cento, para 4,66 bilhões de dólares.

A carteira de pedidos do grupo estava em 55,1 bilhões de dólares em 30 de abril, acima dos 52,7 bilhões de dólares no final de janeiro.

A receita na unidade aeroespacial subiu 10 por cento, para 2,2 bilhões de dólares.

A divisão aeroespacial da Bombardier ganhou um grande impulso em março com uma encomenda de até 120 jatos executivos da NetJets, do bilionário Warren Buffett, em um negócio avaliado em até 6,7 bilhões de dólares.