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Fábrica da O Boticário em São José dos Pinhais: empresa lançou 402 produtos neste ano, contra 362 em 2009 | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Fábrica da O Boticário em São José dos Pinhais: empresa lançou 402 produtos neste ano, contra 362 em 2009| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Projetos

Empresa estuda canais de venda diversificados e novas marcas

Há cerca de um ano o grupo Boticário vem estudando a entrada em novos canais de venda e segmentos, por meio da GKDS, empresa criada pelos empresários Artur Grynbaum e Miguel Krigsner. Guardado a sete chaves, o projeto deve estar estruturado em 2011 e ser implantado em até dois anos. A ideia é lançar novas marcas.

O presidente do grupo garante que o modelo adotado não será necessariamente o da venda direta, como se especula no mercado. "Tanto podemos usar esse modelo como outro. Também podemos lançar uma marca em outro segmento, que tenha a ver com o nosso mercado de franquias", despista. A GKDS é vista como uma espécie de incubadora de novas empresas que farão parte do grupo no futuro. Não haverá "mistura" de marcas.

O grupo testa o modelo de venda direta com a marca O Boticário desde setembro, em duas cidades das regiões Nordeste e do Sudeste. "Em sete, oito meses, devemos fazer uma avaliação desse piloto e ver se ele é viável." As consultoras – hoje são cerca de 110 nas duas cidades – são vinculadas à rede de franquias da marca. (CR)

O ano de 2010 superou as expectativas da fabricante de perfumes O Boticário, que prevê encerrar a temporada com o maior crescimento dos últimos cinco anos. O faturamento deve fechar 2010 com aumento de 25%, somando R$ 1,5 bilhão, contra uma projeção inicial de 20%. A empresa também abriu mais pontos de venda do que o previsto, o que a fez romper a barreira das 3 mil lojas na semana passada, quando abriu uma nova unidade em Belo Horizonte – ao todo, essas franquias devem alcançar receita de R$ 4,5 bilhões em 2010.

"Nunca antes na história desse país uma rede de franquias abriu tantas lojas como a nossa", brincou Artur Grynbaum, presidente do Grupo Boticário, parafraseando o presidente Lula. "Nossa projeção era abrir 100 lojas e abrimos 160. Hoje provavelmente já estamos entre as três maiores redes de franquias do mundo, contabilizando diversos setores."

Em 2010, a empresa também foi agressiva nos lançamentos – foram 402 produtos, contra 362 no ano passado. Os investimentos em marketing somaram R$ 173 milhões, valor que deve ser repetido no próximo ano.

Projeções

Para fazer frente à demanda, a empresa vai investir R$ 51 milhões em 2011 para ampliar mais uma vez a capacidade de produção. Está em curso, até 2012, um outro aporte, no valor de R$ 170 milhões, dos quais R$ 85 milhões já aplicados em um centro de distribuição aberto em Registro (SP); o restante será destinado também para a aumentar a produção. "Juntos, esses investimentos vão ampliar em até 40% nossa capacidade", afirma Grynbaum. Para o próximo ano, a empresa espera um crescimento de 20% e a abertura de 110 a 120 novas lojas no país.

Segundo o executivo, as medidas recentes do governo para restringir o crédito e esfriar o consumo não devem ter efeito significativo sobre as vendas da marca, que não dependem de crédito de longo prazo e têm ticket relativamente pequeno. "Mas há uma tendência de que menos dinheiro circule na economia."

Apesar da retomada das ofertas de ações no mercado, O Boticário dispensa esse tipo de alternativa para alavancar recursos, segundo Grynbaum. Ele também diz não ver tendência de consolidação no setor e descarta operações como uma possível aquisição da Jequiti Cosméticos, de Silvio Santos. O Boticário também pretende reforçar a atuação no exterior: após reduzir sua presença internacional de 20 para 10 países nos últimos dois anos, a empresa abriu duas lojas na Venezuela – e lá quer abrir outras 30 em quatro anos.

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