Bovespa abre o ano rompendo barreira dos 45 mil pontos

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São Paulo – No primeiro pregão de 2007, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) alcançou mais uma vez recorde de pontos: fechou em 45.382 – com alta de 2,04%. A sessão foi de ajustes de carteiras por conta da virada do ano e também do novo portfólio do Ibovespa, que começou a vigorar ontem. As bolsas dos Estados Unidos não funcionaram nesta terça-feira em razão do dia nacional de luto em memória ao ex-presidente Gerald R. Ford. A ausência de investidores norte-americanos no mercado esvaziou o giro financeiro doméstico, que ficou em R$ 2,07 bilhões.

O Ibovespa fechou perto da máxima de pontos cravada durante a sessão, que foi de 45.388, nova marca histórica. Os recordes anteriores eram de 27 de dezembro (aos 44.526 pontos) e 28 de dezembro (44.674 pontos durante o pregão).

Para o agente de investimentos autônomo Álvaro Borges, o mercado como um todo está "bastante otimista", com expectativas positivas sobre a economia mundial. Na Europa, a Bolsa de Londres subiu 1,45%. Os mercados de Paris e Frankfurt registraram altas de 1,37% e 1,28%, respectivamente.

No cenário interno, nem mesmo a saída de Carlos Kawall da Secretaria do Tesouro Nacional, anunciada no dia 29 de dezembro, quando o mercado estava fechado, mexeu com o ânimo dos investidores. A redução da previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2006 também não teve impacto nos negócios de ontem.

Risco Brasil

O risco Brasil cedeu 86,72%, ou 1.254 pontos, no primeiro mandato do presidente Lula. O índice, medido pelo Embi+, do JP Morgan, estava em 1.446 pontos-base em 31 de dezembro de 2002 (último dia útil antes da posse de Lula). Na sexta-feira, dia em que Lula encerrou seus quatro anos de estréia à frente do Executivo, o risco estava em 192 pontos-base. Apesar da melhora, o risco brasileiro continuou como o quarto maior entre os países que integram o Embi+, medido pelo JP Morgan. No mesmo intervalo, o risco geral dos países emergentes caiu 77,9% (queda inferior a do risco Brasil) ou 596 pontos – de 765 pontos base para 169 pontos base, na sexta-feira.