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O mês de dezembro começou de forma negativa para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa caía 5,22%, para os 34.686 pontos, por volta das 15h06 desta segunda-feira (1º).O volume de negócios era de pouco mais de R$ 1,3 bilhão.

O mercado brasileiro é fortemente influenciado pelo mau humor norte-americano. A Bolsa de Nova York registra forte baixa no início dos negócios. Por volta das 15h08 (horário de Brasília), o índice Dow Jones - referência para Wall Street - tinha baixa de 4,41%, enquanto o indicador tecnológico Nasdaq tinha desvalorização de 5,52%.

Na Europa, o dia é de quedas acentuadas com os índices refletindo o recuo no preço das commodities e o fraco desempenho das ações de bancos. Por volta das 14h (horário de Brasília), o londrino FTSE-100 recuava 4,47%. O CAC-40, de Paris, tinha redução de 4,59%. Em Frankfurt, o DAX registrava decréscimo de 5,43%.

Para operadores de mercado, os dados divulgados nesta segunda-feira (1.º) devolveram pessimismo ao mercado. "Os investidores estão parando de comprar, evitando correr riscos", disse Junior Hydalgo, da Intrader Investimentos.

Já Gustavo Medina, sócio da M2 Investimentos, acredita que as ininterruptas notícias negativas divulgadas no exterior tenderão a ditar o ritmo dos negócios, apesar de certa melhora nos nos últimos dias do mês passado.

"De maneira geral, a situação está um pouco melhor, mas ainda muito ruim. Falta confiança e coragem para atrair o comprador final".

Além do mau humor externo, as notícias internas também preocupam. O relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), mostrou que o mercado prevê pela primeira vez um crescimento abaixo de 3% para o Brasil no ano que vem. Agora, o consenso é que o país vá ter expansão de 2,8% em 2009.

Entre as notícias do dia, os agentes assimilam os dados sobre as vendas de fim de ano depois da "Black Friday" da semana passada, data que marca a abertura do período de descontos. Segundo a Federação Nacional do Varejo dos EUA, os consumidores gastaram 7,2% mais do que ano passado. Outra pesquisa aponta, contudo, que 70% deles só compraram produtos com grandes descontos.

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