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A Bolsa de Valores de São Paulo aprofunda seu movimento de queda nesta terça-feira em função do aumento do pessimismo nos Estados Unidos provocado por novos sinais de deterioração do segmento imobiliário. O Ibovespa recua 2,57%, aos 51.716 pontos, enquanto o dólar sobe 2%, negociado a R$ 1,9910 voltando a se aproximar do patamar de R$ 2.

Mesmo antes da abertura, as bolsas americanas já apontavam para o terreno negativo, o que foi confirmado logo após o início dos negócios. Dados sobre confiança do consumidor mostraram a maior queda do índice em dois anos. O indicador ficou em 105,0 em agosto, contra 111,9 em julho.

Além disso, um relatório da Standard & Poors mostrou uma queda de 3,2% nos preços dos imóveis no segundo trimestre deste ano, frente o mesmo período de 2006.

O Dow Jones cai 1,13%, aos 13.171 pontos; o Nasdaq recua 1,41%, aos 2.525,02 pontos. E o S&P tem queda de 1,35%, aos 1.447,06 pontos.

Além disso, o Merril Lynch rebaixou de "compra" para "neutra" a recomendação para as ações dos bancos Citibank, Lehman Brothers e Bern Stearns, pertencentes ao índice Dow Jones.

Na semana passada, o Federal Reserve anunciou que os quatro maiores bancos dos Estados Unidos pegaram emprestado US$ 500 milhões cada na linha de redesconto do Federal Reserve (Fed). Estavam na lista o Citigroup, o J.P. Morgan Chase, o Bank of America e o Wachovia.

Para piorar o clima, o jornal britânico Financial Times publicou uma reportagem dizendo que o banco britânico Barclays tem centenas de milhões de dólares investidos em instrumentos de crédito comprometidos, informação que foi negada pela instituição financeira .

O mercado também aguarda a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o BC americano) sobre sua última reunião no dia 7. O documento deverá ser divulgado por volta de 15h.

Os dados, no entanto, não devem influenciar muito o humor dos investidores, uma vez que a instituição já inverveio algumas vezes desde a última confirmação da taxa de juros da economia, oferecendo liquidez aos bancos e reduzindo as taxas de redesconto.

Nesta terça-feira, as bolsas de Tóquio e Hong Kong recuaram no fechamento. Já os mercados de Seul e Xangai tiveram ganhos.

Na Europa, o dia também é de perdas: em Londres, o FTSE cai 1,90%; em Paris, o CAC recua 2,08%; e, em Frankfurt, a bolsa tem queda de 0,79%.

Na segunda-feira, o Ibovespa passou a maior parte da sessão em baixa, acompanhando os mercados americanos, e se recuperou no fim do dia, fechando em ligeira alta . Segundo analistas, o descasamento com a Bolsa de Nova York, que têm guiado o mercado brasileiro e fechou em queda, ocorreu devido à volatilidade atual.

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