O mercado financeiro teve mais uma manhã positiva, prometendo novos recordes no final do dia. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o período em alta de 1,60%, com o Índice Bovespa em 38.622 pontos. O dólar à vista caiu 0,76%, a R$ 2,211 na compra e R$ 2,213 na venda. O risco-país tem queda de 2 pontos, aos 262 pontos centesimais.
A participação de investidores estrangeiros é determinante para a alta da Bovespa, que se estende por três pregões consecutivos. Segundo operadores, são eles que dão liquidez ao mercado de ações, enquanto investidores domésticos realizam lucros por meio da troca de papéis.
O destaque da manhã ficou com a ação da Arcelor Brasil, braço brasileiro da francesa Arcelor. As ações dispararam e lideraram as altas do Índice Bovespa desde a abertura. O papel subia 14,51% no final da manhã, refletindo a oferta de compra feita ao grupo francês pela maior siderúrgica do mundo, a Mittal Steel. A empresa ofereceu 18,6 bilhões de euros pela concorrente francesa.
Com a disparada das ações da Arcelor, outros papéis de siderurgia e também de mineração acompanharam o movimento e foram destaques de alta. Entre as maiores altas do Ibovespa também estão CSN ON (+8,78%), Usiminas PNA (+6,70%) e Gerdau PN (+6,35%).
Segundo Tommy Taterka, trader da corretora Concórdia, o alto valor ofertado pela Arcelor mostra que o setor está aquecido e que as outras empresas também têm espaço para crescer.
- Com um acontecimento como esse, todo o setor acaba passando por uma reavaliação - disse o analista.
O único momento mais tenso na manhã foi o que sucedeu a divulgação da primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do quarto trimestre de 2005. A economia americana cresceu 1,1% no período, bem abaixo dos 2,8% estimados pelos analistas. Nesse momento, a Bovespa chegou a reduzir a alta, mas retomou o fôlego logo depois.
No mercado de câmbio, a queda do dólar é gerada mais uma vez pela menor presença do Banco Central como comprador de recursos no mercado. O BC ofertou novamente 4.250 contratos de swap reverso aos bancos, correspondentes a cerca de US$ 200 milhões.
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