A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) manteve o ritmo de queda, mesmo após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de manter em 5,25% - e pela quarta reunião seguida, renovando o alerta sobre riscos inflacionários - a taxa de juros do país.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuou 0,64%, a 43.018 pontos, com volume de negócios de R$ 2,501 bilhões. O risco-país avançava três pontos, para 213 pontos, com alta de 1,43%.
O dólar quebrou um ciclo de seis baixas e fechou em alta, refletindo ajustes de posições e o cenário externo negativo antes da decisão do Fed, sobre os juros . A divisa americana terminou a sessão a R$ 2,1520, com avanço de 0,65%.
A queda do dólar nos últimos seis pregões atraiu tesourarias para o ajuste de posições e para a ponta de compra do mercado, aproveitando o preço mais favorável.
JUROS
Os juros fecharam em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), interrompendo cinco sessões de queda consecutiva. A pequena elevação da maioria dos contratos de depósito interfinanceiro (DI) não alterou a expectativa de redução no corte da Selic, de 0,50 para 0,25 ponto percentual.
Essa indicação é dada pelo DI fevereiro de 2007, que ficou estável em 13,09% ao ano.
WALL STREET
As bolsas de valores americanas reduziram as perdas mas permaneceram no vermelho, depois de o Federal Reserve deixar o juro inalterado, conforme o previsto.
No comunicado, a autoridade monetária dos EUA disse que a economia deve expandir em ritmo moderado e que a pressão inflacionária provavelmente diminuirá ao longo do tempo.
INDICADORES
O Departamento de Comércio americano anunciou de manhã que o déficit comercial do país em outubro registrou uma queda de 8,4% para US$ 58,9 bilhões, o menor desde agosto do ano passado. As exportações atingiram um recorde para o mês de outubro, enquanto as importações tiveram o maior recuo nos últimos cinco anos.
Em São Paulo, a Fipe mostrou uma aceleração da inflação no início de dezembro. A taxa passou de 0,42% para 0,51% .
CARNE
Os papéis da Perdigão ON (PRGA3, alta de 3,08%, a R$ 27,47) lideraram as maiores altas da bolsa depois que a Rússia liberou a compra de carne de todo o Brasil. As ações preferenciais da Sadia (SDIA4) também ficaram bem cotadas, com 0,86%, a R$ 7,06.SIDERURGIA
Já os papéis da CSN (CSNA3), que nesta segunda-feira aumentou sua oferta de compra pela Corus , apareceram entre as maiores baixas da bolsa, com variação de 2,37%, cotadas a R$ 61,75.
Desde o dia 12 de novembro, as ações da CSN acumulam queda na casa de 6%, contra uma alta em torno de 6% do Ibovespa. Nos últimos 12 meses, no entanto, as ações da siderúrgica acumulam alta em torno de 47%, contra valorização de 30% do Ibovespa.
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