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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou com tendência indefinida durante todo o dia, influenciada, positivamente, por ações de telefonia e, negativamente, pelo preço das commodities que voltaram a cair no exterior puxando ações do setor.

No final do dia, no entanto, Ibovespa seguiu as bolsas americanas e fechou em alta de 1,05%, a 36.147 pontos e volume financeiro de R$ 2,502 bilhões - bem acima da média do registrado nos últimos dias.

O Índice Setorial de Telecomunicações (Itel) subiu 1,57%. Uma das maiores valorizações foi das ações preferenciais da Vivo, que disparam 4,63%, para R$ 7,01, no embalo de um relatório divulgado pela corretora Merril Lynch. O banco alterou sua recomendação de venda para compra das ações da empresa, que também se beneficiou da expectativa de investidores de que venha a comprar a TIM no Brasil.

A Telecom Italia, quinto maior grupo europeu de telecomunicações, anunciou na segunda-feira a cisão de sua divisão de redes de telefonia móvel TIM, para se concentrar em banda larga e mídia - decisão que, segundo algumas fontes, conduzirá a uma venda total ou parcial da TIM, avaliada por alguns observadores em 35 bilhões de euros (US$ 44,4 bilhões).

Na Itália, o primeiro-ministro, Romano Prodi, disse que ficou "surpreso e desconcertado" com o anúncio dos planos da Telecom Italia de desmembrar a maior rede de telefonia fixa e celular do país.

Os papéis preferenciais da TIM Participações também subiram e fecharam o dia a R$ 6,62 o lote de mil, com alta de 2,95%.

- As ações da Vivo já subiam desde ontem (segunda-feira) em função da expectativa da compra da TIM. Com a divulgação do relatório da Merril Lynch, elas ganharam mais impulso - avaliou o analista de investimentos do Banco Modal, Eduardo Roche.

No entanto, na medida em que o petróleo reverteu uma tendência de alta mostrada no início do dia e começou a cair, as ações ligadas a commodities no Brasil também despecaram, fazendo a Bovespa operar negativamente em alguns momentos.

Entre as quedas do Ibovespa figuraram as ações da Companhia Vale do Rio Doce. Os papéis ordinários da empresa fecharam com perda de 0,84%, para R$ 44,52. As ações ordinárias da Petrobras caíram 0,86%, para R$ 43,31.

- A desaceleração da economia global começou, mas ninguém consegue precificar o seu tamanho. Sem saber ao certo o quanto os EUA, a China e a Índia vão crescer, o mercado acaba realizando (vendendo seus contratos para embolsar os lucros) porque os preços das commodities já subiram muito ao longo dos últimos dois anos - avalia o gestor de renda fixa da Corretora Concórdia, Jorge Alberto Cabral.

Nos Estados Unidos, o preço do petróleo tipo WTI caiu 2,77%, para US$ 63,790. Em Londres, a cotação recuou 2,27%, para US$ 62,750.

No entanto, esta queda passou a ser vista como positiva no mercado americano, afastando um temor maior em relação à inflação do país.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,89%, para 11.498,1 pontos; o Nasdaq ganhou 1,96%, para 2.215,82 pontos; e, o S&P, 1,04%, fechando a 1.313,11 pontos.

Já o dólar - que havia subido por quatro dias consecutivos - fechou em queda de 0,32%, a R$ 2,1690, mesmo com atuação de compra do Banco Central no mercado à vista.

O risco-país teve queda de 0,44%, para 224 pontos-base. No mercado de juros futuros do Brasil, contratos referenciados em Depósitos Interfinanceiros com vencimento em janeiro - os mais líquidos - projetaram taxa de 13,710% ao ano, com queda de 0,04%.

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