A Bovespa teve seu segundo dia de alta nesta sexta-feira, descolada das bolsas norte-americanas, com investidores animados por dados indicando estabilização da economia chinesa, importante parceiro comercial brasileiro e consumidor de matérias-primas.
O Ibovespa avançou 1,93%, para 49.874 pontos nesta sexta-feira, fechando a semana com alta acumulada de 2,89 %.
Na máxima desta sessão, o índice atingiu exatos 50 mil pontos, patamar que não alcançava desde 17 de junho. O giro financeiro foi de R$ 8,34 bilhões.
Assim como na quinta-feira, quando o Ibovespa teve a maior alta diária em cinco meses, os papéis da mineradora Vale deram a maior contribuição para o avanço do índice.
Além dos melhores dados da China, seu principal mercado, as ações da Vale repercutiram ainda as avaliações de analistas sobre seu balanço, divulgado na quarta-feira à noite.
As notícias animadoras da China também contribuíram para a alta dos papéis de siderúrgicas, como a Usiminas.
Dados mostraram que a produção industrial chinesa subiu 9,7 % em julho ante o ano anterior, enquanto as vendas no varejo aumentaram 13,2 %.
"Os dados deram um alento para as commodities e para o real. Acabaram também favorecendo as empresas de siderurgia após algumas terem divulgado resultados melhores que os esperados", afirmou o sócio da Principia Capital Management Marcello Paixão.
Contribuíram ainda para levantar o índice a mineradora MMX e a blue chip Petrobras, que divulga seus resultados ainda nesta sexta.
No outro sentido, foi destaque de queda BM&F Bovespa. Em meio a receitas recordes nos segmentos de ações e derivativos, a operadora da bolsa paulista divulgou na véspera que seu lucro cresceu 17 por cento no segundo trimestre na comparação anual.
Suas ações, porém, recuaram após comentários de executivos na teleconferência da empresa. "Eles afirmaram que os volumes negociados do terceiro trimestre vão cair. Daí o tombo nas ações", afirmou o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.
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