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A bolsa de valores de São Paulo registrou forte alta nesta quinta-feira (27), influenciada pelo anúncio de um acordo para debelar a crise da dívida na zona do euro. O Ibovespa subiu 3,72 %, a 59.270 pontos, no maior nível de fechamento desde 26 de julho. O giro financeiro do pregão foi de 10,1 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones avançou 2,86 % e o Standard & Poor's ganhou 3,43 %.

Pelo acordo europeu, o setor privado concordou em aceitar voluntariamente uma redução nominal de 50 % em seus investimentos em bônus, para reduzir a dívida grega. Os líderes locais também concordaram em aumentar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF), que atualmente vale 440 bilhões de euros.

"Maior poder para o fundo é importante e a recapitalização de bancos traz mais confiança. O passo foi dado na direção certa, mas ainda tem outros passos a serem dados", afirmou o analista William Alves, da XP Investimentos.

Ele avaliou que a crise europeia era o principal fator de pressão sobre a bolsa brasileira.

"Há espaço para continuar com algumas valorizações em bolsa, dado que estava reprimido por Europa, mas ainda há receios no horizonte", disse.

Alves destacou a migração de investidores das ações mais defensivas para as de maior risco. Com isso, empresa que pagam altos dividendos como Telefônica recuou 3,04 %. Já MMX disparou 11,05 %. Ainda assim, no ano, o papel da empresa de Eike Batista acumula perdas de cerca de 30 %.

Os bancos também foram destaque de alta, na esteira de seus pares europeus, influenciados pela recapitalização de 106 bilhões de euros dos bancos europeus prevista no acordo.

Santander subiu 5,67 %, após o banco anunciar os resultados trimestrais. Itaú Unibanco ganhou 3,1 %, Bradesco valorizou 3,15 %, e Banco do Brasil avançou 5,1 %.

Com o otimismo desta quinta, outras notícias ficaram em segundo plano, como o resultado da Vale, que apesar de ter sido considerado ruim pelo mercado, não impediu uma alta da ação, que subiu 2,36 %, a 41,69 reais.

A Vale lucrou 7,89 bilhões de reais no terceiro trimestre, queda de 25 % em relação ao mesmo período de 2010, devido à variação cambial.

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