A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou os negócios desta sexta-feira em queda de 1,89%, aos 43.572 pontos e volume financeiro de R$ 2,293 bilhões, diante de um forte movimento de realização de lucros. A queda foi puxada especialmente pelas ações da Petrobras, que recuaram 2,64%, a R$ 45,27. A desvalorização foi motivada pela redução dos preços do petróleo no mercado internacional.
Na outra ponta, as ações da Companhia Siderúrgica Nacional tiveram a maior alta do Ibovespa no dia: subiram 1,45%, a R$ 63,40.
Segundo o sócio-diretor da Rio Gestão, André Querne, a alta pode ser justificada por ajustes de carteiras. Investidores que teriam alugado as ações da CSN e as vendido estariam agora comprando o papel para zerar sua posição antes do leilão que decidirá sobre a venda da Corus .
Para uma analista de mercado, começam a crescer as apostas de um novo desenho para a compra da empresa, no qual a dívida pela compra da Corus ficaria com a própria companhia anglo-holandesa, e não com a CSN.
Mas, para Eduardo Roche, do Banco Modal, este efeito sobre a alta dos papéis nesta segunda-feira seria marginal:
- A dona da Corus e, portanto, da dívida, continuará sendo a CSN. Isso entrará no resultado consolidado da companhia - diz.
No mercado de juros futuros, contratos com vencimento em janeiro de 2008 projetavam taxa de 12,420%, com queda de 0,02 ponto percentual.
O risco país fechou aos 188 pontos básicos, com alta de dois pontos centesimais.
Segundo analistas, o mercado operou em compasso de espera pela divulgação de indicadores americanos. Nesta quarta-feira, será conhecida a nova taxa de juros do país, a ser definida pelo banco central (Fed, ou Federal Reserve).
Além disso, ao longo da semana, serão divulgados indicadores de renda, gastos pessoais, inflação ao consumidor, índice de confiança e de desemprego.
No Brasil, o Banco Central divulgará a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, na quinta-feira. O encontro, realizado na semana passada, resultou em um corte de 0,25 ponto percentual da taxa de juros básica da economia, atualmente.
Dólar fecha em queda
O dólar, que iniciou o dia em movimento de leve alta, acabou recuando no fim dos negócios e fechou em queda de 0,14%, a R$ 2,1340.
Segundo o gerente da mesa de câmbio da corretora Liquidez, Francisco Carvalho, o Banco Central comprou de apenas um vendedor cerca de US$ 280 milhões, sem divulgar a taxa.
Além disso, houve a entrada de recursos estrangeiros no mercado, o que ajudou a empurrar a cotação para baixo.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones subia 0,05%, a 12.494 pontos; o Nasdaq subia 0,13%, a 2.438,62 pontos. O S&P, por sua vez, caía 0,10%, a 1.420,81 pontos;
O petróleo continuava em trajetória de queda. Em Nova York, o WTI caía 2,58%, a US$ 53,990. O Brent, em Londres, recuava 3,02%, a US$ 53,650.
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