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A ação da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, derreteu quase 30% nesta segunda-feira (1º), levando o principal índice brasileiro de ações a iniciar julho no campo negativo. O Ibovespa caiu 0,48%, a 47.229 pontos, segundo dados preliminares, após ter fechado o primeiro semestre com o pior desempenho desde a crise financeira de 2008. O giro financeiro do pregão foi de 5,9 bilhões de reais, abaixo da média diária de 2013.

"A forte queda da OGX e de outras empresas do grupo arrastou o Ibovespa para baixo", disse Eduardo Cavalheiro, sócio na Rio Verde Investimentos em São Paulo. "Fora isso, o mercado foi lento, sem ânimo", acrescentou. A OGX anunciou nesta segunda-feira que suspenderá o desenvolvimento de três campos de petróleo e que interrompeu a construção de cinco plataformas.

A companhia informou também que não investirá no aumento da produção dos poços do campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, onde a extração pode parar no ano que vem. A notícia azedou de vez o humor do mercado, que já mostrava nos últimos meses crescentes preocupações com a situação de caixa de OGX. A ação chegou a cair pouco mais de 39 por cento no pior momento da sessão, a 0,48 real.

"Restam poucos caminhos para a empresa", afirmou o analista Luiz Francisco Caetano, da Planner, em relatório intitulado "OGX: O fim da história?" Esse cenário contaminou também as outras ações do grupo EBX, de Eike, levando todos os papéis a fechar no vermelho.

Em sentido oposto, a siderúrgica Gerdau foi o destaque positivo do Ibovespa, após analistas do Bank of America Merrill Lynch terem elevado a recomendação e preço-alvo para o papel.

Os principais mercados externos fecharam em alta, com investidores mostrando maior apetite por risco em meio à expectativas de uma sólida recuperação da economia norte-americana.

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