Os principais papéis negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciaram a semana em alta com o Ibovespa, principal índice de ações do país, registrando 2,47% e 54.793 pontos, às 15h25.
Mais cedo, às 11h13, a variação tinha sido maior, 2,24% com 54.669 pontos. No final da manhã desta segunda-feira (15), a Bovespa tinha acumulado uma recuperação em uma semana de 6,25%, depois de encerrar a última sexta-feira com perdas de 9% no mês sob o clima de incertezas a respeito do rumo das economias dos Estados Unidos e países da zona do Euro.
"A hora é de cautela e o risco de volatilidade ao longo da semana ainda persiste", avalia o analista do mercado financeiro Clodoir Vieira, da Corretora Souza Barros.
Assim como ele, o professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP) Keyler Carvalho Rocha justificou a reação de alta como natural, depois de um forte recuo como o dos últimos dias. Para ele, entretanto, é prematuro prever se esse avanço irá se sustentar por mais tempo.
"A queda na semana passada foi muito emocional", afirmou Rocha para quem houve um "exagero" na interpretação dos fatos que abalaram o mercado acionário mundo afora. Na opinião dele, foi mais um jogo de cena político entre democratas e republicanos do que um risco claro de os Estados Unidos dar um calote.
O professor referia-se ao uso da classificação da agência de análise de risco Standard & Poor's, que reduziu a nota da dívida norte-americana, em um momento que antecede os movimentos eleitorais na disputa presidencial daquele país. "Mas parece que [Barack] Obama está recuperando o prestígio", disse.
Na opinião do professor da USP, o ânimo observado neste começo da semana pode ser atribuído ao anúncio do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, de sanear as contas públicas com um plano que prevê a economia de 45,5 bilhões euros até 2013.
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