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Após iniciar o pregão em baixa de 5%, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inverteu sua tendência nesta quinta-feira (23) e agora sobe, seguindo o movimento positivo registrado na Bolsa de Nova York.

Por volta das 13h07, o índice Ibovespa - referência para o mercado nacional - apontava alta de 1,22%, aos 35.498 pontos. Nos EUA, o Dow Jones registra valorização, também mudando de direção em relação aos resultados da manhã.

No início do dia, novos sinais de recessão nas principais economias mundiais deixaram os mercados financeiros nervosos. O Ministério das Finanças da Alemanha informou que o PIB do país ficou estagnado no terceiro trimestre, após, o recuo de 0,5% do segundo trimestre. No Japão, o superávit comercial do país despencou 85,6%, a maior queda desde o início da série, em 1980.

Além disso, os empréstimos bancários entre países caíram em US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2008, sua maior queda em dez anos, anunciou o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS).

Os bancos também foram atingidos por saques de US$ 1 bilhão, particularmente por parte de clientes em Estados Unidos, Grã-Bretanha e Suíça, segundo dados do Banco Central dos bancos centrais.

Cenário doméstico

No Brasil, os investidores analisam a decisão do governo de zerar a alíquota do IOF sobre aplicações em renda fixa e títulos públicos, o que aumenta a rentabilidade das aplicações no Brasil. A medida vale para compra de títulos públicos e aplicações em renda fixa realizadas por estrangeiros. Para bolsa de valores, a alíquota já estava zerada e permanece assim.

No mercado cambial, repercute o anúncio do Banco central (BC) que poderá gastar até US$ 50 bilhões em contratos de 'swap' para conter a alta do dólar. A moeda americana, que apontava uma forte valorização no início do pregão, imediatamente reverteu de curso e agora aponta para baixo.

Também é observada a divulgação de novos indicadores da economia nacional. O nível de desemprego de setembro ficou em 7,6%, a menor já registrada para o mês na série histórica. Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) teve alta de 0,30% em outubro, acumulando elevação de 5,28% no ano e de 6,26% nos últimos doze meses Panorama externo

Na Europa, os mercados registram novas perdas nesta quinta-feira. Por volta das 10h30 de Brasília, o indicador FTSE-100, da Bolsa de Londres, recuava 0,31%. Em Paris, o CAC-40 perdia 1,28% e em Frankfurt o DAX caía 2,79%. O indicador alemão era mais afetado por conta das notícias sobre a economia do país.

Pelo segundo dia, a bolsa de Madri lidera as perdas na região, com baixa de 4%. O mercado espanhol sofre as conseqüências das pesadas perdas da Bolsa de Buenos Aires, com a decisão da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de enviar ao Congresso um projeto de lei para reestatizar a previdência no país.

Na Ásia o pregão também foi de perdas. O maior prejuízo foi registrado na Coréia do Sul. O principal índice de Seul, o Kospi, terminou o pregão com perdas de 7,48%, a segunda maior baixa do ano. A Bolsa de Valores de Tóquio também sofreu prejuízo de 2,46%. Em Xangai, o indicador geral concluiu a sessão em baixa de 1,07%. Interrupção dos negócios

Na quarta-feira, a Bovespa fechou em forte queda, em pregão marcado pela interrupção dos negócios durante a tarde após recuo de 10% nas cotações. No final do dia - cujo pregão foi prorrogado devido à paralisação - o índice Ibovespa, o principal do mercado nacional, marcou baixa de 10,18%, aos 35.069 pontos.

O resultado do fim do dia representa o pior resultado em pontos dos últimos 25 meses, além de uma desvalorização de aproximadamente 45,1% no acumulado de 2008 - o índice encerrou o ano passado aos 63.886 pontos.

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