São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo liderou o ranking das aplicações do mês de julho, com alta de 6,41%. Já o dólar comercial caiu ontem 0,48%, para terminar o dia vendido a R$ 1,865. Esse é o mais baixo valor registrado desde setembro passado. No mês, o dólar recuou 5,04%.
Apesar da escalada dos últimos meses, a Bovespa ainda está bem abaixo de seu pico histórico, que foram os 73.516 pontos registrados em 20 de maio de 2008. Hoje o índice Ibovespa fechou aos 54.765 pontos patamar máximo deste ano. O índice Bovespa fechou ontem em alta de 0,53%.
Em julho, as aplicações de renda fixa ficaram bem atrás da Bovespa. Na média, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) pagaram taxa de 0,79% no mês. Os fundos DI, que são os que seguem mais de perto as oscilações da Selic, deram rentabilidade média bruta de 0,76% no mês. A poupança pagou um pouco menos, 0,61%.
Mas como os fundos cobram taxa de administração e Imposto de Renda, o que não ocorre com a poupança, a vantagem da caderneta passou a se destacar ainda mais com a Selic a 8,75%. Para um fundo bater atualmente a poupança em rentabilidade líquida (descontadas taxas e IR), é necessário que cobre uma taxa de administração de cerca de 0,5%, porcentual difícil de ser encontrado, especialmente no segmento de varejo.
A Bovespa foi uma das bolsas que menos subiram em julho, período em que os mercados financeiros dos países desenvolvidos começaram a ganhar ritmo novamente. A bolsa de valores brasileira (que está entre as que mais se valorizaram no ano) só foi melhor que o mercado financeiro japonês no mês passado.
Uma das explicações é que a alta da Bovespa começou a se intensificar a partir de maio, enquanto as bolsas de países como os Estados Unidos passaram a ganhar ritmo há poucas semanas. O índice Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Nova Iorque (e que reúne as 30 maiores companhias privadas dos EUA), por exemplo, se valorizou em 8,6% no mês, mas sua alta no ano é de 4,5%.
Isso ocorre porque as economias dos países desenvolvidos (onde a crise começou antes e se mostrou mais intensa) começam a dar sinais de que, pelo menos, o pior já passou, o que significa que os consumidores podem voltar a gastar.
Valor de mercado
No período de 12 meses encerrado em junho, as empresas negociadas na Bovespa perderam US$ 257 bilhões de valor de mercado, de acordo com levantamento da Standard & Poors.
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