Bovespa perde força no fim do pregão e fecha quase estável

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A reação negativa ao teor das declarações do chefe da autoridade monetária dos Estados Unidos sobre Wall Street esvaziou o otimismo de investidores com resultados corporativos acima das expectativas e o mercado de commodities, reduzindo os ganhos da bolsa paulista.

Sustentado por nova alta das ações ligadas a metais, o Ibovespa ainda fechou no azul, com avanço de 0,02%, aos 64.476 pontos. O giro financeiro da sessão foi de R$ 5,66 bilhões.

Em pronunciamento ao Senado norte-americano, o chairman do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse que a economia do país enfrenta perspectivas "atipicamente incertas".

De acordo com profissionais do mercado, parte dos investidores deu ênfase aos trechos em que Bernanke menciona que a recuperação dos EUA perdeu fôlego nos últimos meses. "O discurso soou pessimista, mas não chegou a trazer novidades", disse o economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Newton Rosa. "Parece mais como um pretexto para realização de lucros", complementou.

Antes disso, os mercados oscilavam em torno do zero, com novos resultados corporativos acima das expectativas em empresas como Apple, Morgan Stanley e Wells Fargo.

Na bolsa paulista, a pressão externa foi amortecida pelo bom desempenho das ações do setor de mineração e siderurgia. O destaque foi Usiminas, cuja ação preferencial subiu 2,6%, a R$ 51,81, após a companhia ter anunciado na terça-feira à noite que elevará preços de referência de seus produtos entre 3,5% e 6% a partir de 1º de agosto.

Já a preferencial da Petrobras caiu 0,54%, negociada a R$ 27,50, refletindo a queda no preço do petróleo no exterior, após a divulgação de um relatório mostrando que os estoques do produto nos EUA subiram inesperadamente na semana passada.

Segundo Rosa, da SulAmerica, no restante da semana as atenções de investidores devem se dividir entre a sequência da temporada de divulgação de balanços e a apresentação dos testes de estresse com bancos europeus.