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O mercado financeiro tem mais um dia de recuperação. O dólar comercial fechou a manhã em queda de 0,09%, a R$ 2,122 na compra e R$ 2,124 na venda, e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 0,88%, para 37.871 pontos (volume financeiro de R$ 670 milhões). Às 13h, o risco-país, medido pelo J.P. Morgan, tinha queda de 4 pontos, mostrando melhora na percepção do investidor estrangeiro sobre a instabilidade no país.

Os investidores aguardam a divulgação, às 16h de Brasília, do Livro Bege sobre a economia nos Estados Unidos. Até lá, os negócios devem andar de lado. Os dados devem ser levados em consideração pelo Federal Reserve, o Banco Central americano, na hora de decidir a nova taxa de juro, que está em 4,5% ao ano. Os juros altos nos Estados Unidos prejudicam países emergentes como o Brasil, que acaba perdendo aplicações.

- Há a retomada do otimismo, tendo como fator determinante os bons sinais, para os emergentes, de indicadores da economia americana. A queda de 1,3% nas vendas de varejo nos Estados Unidos (divulgada ontem) em fevereiro trouxe a convicção de que o Fed pode não dar continuidade a sua política de aperto monetário, interrompendo, portanto, a elevação da taxa básica que está em 4,75% - disse Sidnei Moura Nehme, diretor da Corretora NGO.

Bem diferente de 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva se lançou candidato à presidência, as eleições neste ano não preocupam os investidores. Todos aprovaram a escolha do governador Geraldo Alckmin como candidato do PSDB à presidência. Alckmin disputava a candidatura dentro do partido com o prefeito de São Paulo, José Serra.

- Em uma vitória, Alckmin não seria ideológico e centralizador como o prefeito José Serra. Alckmin se preocuparia mais com o dia a dia, com a administração - disse Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez.

Para Nehme, da NGO, a definição do PSDB a favor de Alckmin foi recebida com satisfação, mas não causa impactos e nem preocupações. Segundo ele, se eleito, dificilmente Alckmin fará mudanças na política monetária. Já Serra, disse, "traria mais preocupação ao mercado financeiro, por ser frontalmente discordante da política atual, tido como centralizador e intervencionista".

Os investidores estrangeiros deixaram a Bovespa nos primeiros dias de março, mas não por conta das incertezas políticas. Eles foram atrás de maior rentabilidade de papéis oferecidos no exterior, como os Treasuries. Segundo a bolsa paulista, o saldo de investimento estrangeiro ficou negativo em R$ 1,038 bilhão nos primeiros 10 dias de março. As vendas de ações chegaram a R$ 7,813 bilhões e as compras atingiram R$ 6,774 bilhões. No acumulado do ano, o saldo de investimento estrangeiro está positivo em R$ 1,013 bilhão.

Entre as ações mais negociadas há pouco na Bovespa estavam Petrobras PN, Usiminas PNA e Light ON. As principais altas eram de Light ON (6,58%), Cemig ON (3,46%) e Souza Cruz ON (3,23%). Entre as baixas estavam Contax ON (-1,25%), Telemig Part PN (-0,88%) e TIM Part ON (-0,57%). Hoje, a Contax informou que teve lucro líquido de R$ 80,66 milhões em 2005, ante prejuízo de R$ 17,61 milhões em 2004. A Contax é uma empresa do grupo Telemar que presta serviços de call center. A alta na Bovespa ocorre pelo segundo dia consecutivo.

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