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A bolsa brasileira subiu quase 2 por cento nesta terça-feira, aproveitando notícias positivas sobre a atividade econômica internacional para interromper a série de perdas que já durava quatro dias.

O Ibovespa fechou em alta de 1,91 por cento, para 67.847 pontos, após cair ao menor nível desde setembro no mês passado. O giro financeiro do pregão foi de 6,4 bilhões de reais.

Após ficar descolada dos mercados internacionais durante vários dias por causa da demanda mais fraca dos estrangeiros, a bolsa brasileira acompanhou o otimismo provocado por dados melhores que o esperado sobre a atividade na indústria norte-americana.

Na Europa, o índice FTSEufirst 300 subiu 1,4 por cento, maior alta diária em quase três semanas. Nos Estados Unidos, os índices Standard & Poor's 500 e Dow Jones exibiam alta de mais de 1 por cento, acima de 1.300 e de 12.000 pontos, respectivamente.

Entre as ações que mais se favoreceram no Brasil estiveram empresas que se desvalorizavam com força nos últimos pregões. O discurso entre os investidores era de que a queda recente da bolsa criou algumas oportunidades de compra.

A varejista Lojas Renner, por exemplo, teve uma das maiores altas do Ibovespa, com variação de 4,55 por cento, a 50,60 reais. As empresas do setor de consumo, com as de construção e de bancos, vinham sofrendo nas semanas recentes por causa da alta da inflação e da incerteza sobre as medidas que o governo deve adotar para frear a alta dos preços.

"A Renner despencou 14 por cento em janeiro (contra 3,9 por cento do Ibovespa) e 25 por cento desde que atingiu o pico em novembro", apontaram os analistas Carlos Sequeira, Bernardo Miranda e Antonio Junqueira, do BTG Pactual, em nota.

O Credit Suisse também incluiu as Lojas Renner entre as recomendações para fevereiro.

Panamericano sobe quase 23%

A construtora MRV, outra que sofreu nas últimas semanas (com queda de quase 10 por cento em janeiro), avançou 6,67 por cento, a 15,04 reais. A empresa também foi apontada como uma boa oportunidade de compra, nesse caso pelos analistas do Bank of America Merrill Lynch.

"Na nossa visão, o mercado reagiu de forma exagerada sobre as implicações negativas que o ciclo de aperto monetário no Brasil terá sobre as construtoras ligadas à baixa renda", escreveram em relatório os analistas Renato Onishi, Pedro Martins Jr. e Marina Valle.

Ações de maior liquidez também mostraram vigor. Petrobras PN avançou 2,03 por cento, para 27,64 reais, e Vale PN subiu 1,73 por cento, a 51,87 reais, após propor pagamento de ao menos 4 bilhões de dólares em dividendos aos acionistas neste ano.

Siderúrgicas também se destacaram, com alta de 4,45 por cento da Gerdau, a 22,30 reais, e de 3,65 por cento da Usiminas PN, a 20,14 reais.

Na ponta negativa ficaram as ações de telecomunicações, que haviam tido bom desempenho em janeiro, e as de empresas de cartões de crédito. Redecard recuou 2,67 por cento, a 20,05 reais, e a ação ordinária da Oi teve queda de 0,49 por cento, a 36,20 reais.

Fora do índice, as ações do Banco Panamericano dispararam 22,54 por cento, a 5,22 reais, após a compra do controle da instituição pelo BTG Pactual. Ainda restam dúvidas, porém, sobre o tamanho do rombo nas contas do banco vendido pelo Grupo Silvio Santos.

Na quarta-feira, as atenções se voltam para a divulgação do relatório sobre o emprego privado nos Estados Unidos --tido como uma prévia do número oficial de emprego, na sexta-feira. O boletim, que deve testar o fôlego para novas altas das bolsas em Wall Street, será divulgado às 11h15 (horário de Brasília).

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