Em um dia de bom humor nas bolsas de valores devido a resultados corporativos positivos no exterior, o dólar retomou a trajetória de queda nesta terça-feira e voltou a fechar abaixo de R$ 1,80, depois de duas sessões de valorização. A moeda estava encerrou a sessão a R$ 1,798, com baixa de 1,10%. Às 17h, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, registrava alta de 2,12%, para os 62.512 pontos, com volume financeiro de R$ 3,498 bilhões.
Na segunda-feira, depois do fechamento dos pregões, a Apple divulgou um aumento de 67% nos lucros do terceiro trimestre. Outra gigante que anunciou os lucros foi a americana Dupont, do setor químico, com crescimento de 8% nos ganhos . A também americana AT&T apresentou elevação de 41% nos lucros no terceiro trimestre. Ainda no campo corporativo, a Nike anunciou a compra da Umbro por US$ 582 milhões, o que poderá elevar sua presença no futebol.
Com isso, a Bolsa de Nova York registrava alta nesta terça-feira. Às 17h (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,38% e o S&P 500, 0,31%. O eletrônico Nasdaq tinha alta de 1,10%. O dólar voltou a se desvalorizar frente ao euro, e a moeda da União Européia subia 0,53%, para US$ 1,4249.
Na avaliação de Álvaro Bandeira, da Ágora Corretora, as bolsas mantêm a alta devido aos resultados positivos de empresas, mas não há indicadores econômicos que justifiquem o bom humor.
Segundo analistas, além da melhora da Bovespa, que faz investidores venderem dólares para comprar papéis de empresas, influenciou também a baixa da moeda americana a oferta inicial de ações da Bovespa Holding. Esta terça-feira foi o último dia de reserva dos papéis, que estréiam na sexta-feira no pregão.
Apesar de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter determinado que um prazo para os investidores desistirem da oferta devido ao aumento da faixa de preço estimada , analistas esperam uma grande demanda pelos papéis, principalmente de investidores estrangeiros. Estes teriam trazido dólares para o país para participar da oferta e ajudam a derrubar a cotação.
Demanda pela oferta da Bovespa não deve ser afetada
O gerente de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche, avalia que o aumento da faixa de preço estimado para os papéis não deve alterar a demanda pela oferta.
- A demanda pelos papéis da Bovespa Holding está muito boa. Parece que essa alteração não vai afetar isso - avaliou Roche.
No mercado de commodities, o petróleo, por sua vez, registra forte baixa. O Light Sweet Crude, referência nos Estados Unidos, caía, às 17h, 2,33%, para US$ 85,52 por barril.
Tudo indica que a Opep já aumentou seu fornecimento de petróleo para o mercado. Hoje, o cartel divulgou uma queda de US$ 1,32 a US$ 80,23 na cotação do seu barril de referência.
Deixe sua opinião