• Carregando...

O principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, foi na contramão do mau humor externo e fechou hoje em alta de 1,23%, para 55.562 pontos. Com este desempenho, o índice interrompeu uma sequência de duas quedas seguidas, somando perda de 2,61% no período. Apesar de dados econômicos internos e externos sugerirem cautela sobre o crescimento global, o noticiário sobre importantes empresas pesou positivamente sobre o desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira.

A alta do índice foi fortemente influenciada pelo avanço de 5,84% das ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Vale, além da valorização de 6,47% dos papéis ordinários (com direito a voto) da mineradora. Ambos possuem, juntos, peso de mais de 11% no Ibovespa.As ações da Vale reagem a um conjunto de notícias, entre elas, a expectativa de divulgação do novo marco regulatório da mineração.

O ministro Edison Lobão disse pela manhã que espera bater o martelo sobre o assunto ainda hoje com a presidente Dilma Rousseff. Ele confirmou que o governo vai criar uma participação especial, como a que já existe no setor de petróleo. A alíquota média dos royalties deve subir de 2% para 4%.

Outros papéis que subiram forte hoje foram os do setor imobiliário. As ações da Gafisa, por exemplo, tiveram alta de 6,66% refletindo a notícia de que a empresa recebeu quatro propostas firmes pela Alphaville Urbanismo, um dos principais projetos da companhia, segundo fontes que falaram ao "Valor Econômico". De acordo com o jornal, houve propostas que consideram R$ 1,85 bilhão como valor de referência por 100% da maior empresa de loteamento do país e outras que superaram R$ 2 bilhões.

Pegando carona no desempenho da Gafisa, outras ações do setor imobiliário também fecharam o dia em alta. É o caso da da Rossi Residencial, que teve a maior valorização entre os papéis do Ibovespa no dia, de 9,35%.IndicadoresEmbora o noticiário corporativo tenha agradado os investidores, as referências da agenda econômica não foram positivas no dia. O setor privado dos Estados Unidos abriu 158 mil postos de trabalho em março, ficando abaixo das expectativas dos economistas, mostrou hoje o Relatório Nacional de Emprego da ADP.

Ainda nos EUA, o ritmo de crescimento do vasto setor de serviços do país desacelerou em março a seu nível mais baixo em sete meses, à medida que as novas encomendas e as medidas de trabalho recuaram, mostrou o relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês).

O ISM informou ontem que seu índice do setor de serviços caiu para 54,4 em março, ante 56 em fevereiro, abaixo das previsões dos economistas de 55,8. Foi a leitura mais fraca desde agosto do ano passado. Uma leitura acima de 50 indica expansão do setor.

Na Europa, a taxa de inflação na zona do euro ficou em 1,7% em março em comparação ao ano passado, um décimo a menos em relação a fevereiro, segundo dados do Escritório Europeu de Estatísticas (Eurostat). O índice ficou abaixo da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE) pelo terceiro mês seguido e pode dar margem a mudanças econômicas que contribuam para o crescimento dos 17 países da moeda única, fortemente afetados pela crise da dívida pública.Por aqui, o mercado avaliou a notícia de que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de São Paulo encerrou março com queda de 0,17%, após avanço de 0,22% em fevereiro, informou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) na manhã desta quarta-feira.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]