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Dólar tem queda e fecha a R$ 2,188

O dólar terminou o dia ontem cotado a R$ 2,188 na venda, em retração de 2,49%. O Banco Central colocou no mercado mais US$ 497 milhões em contratos de "swap" cambial, a vencer nos meses de janeiro, abril e junho de 2009. Esses contratos oferecem proteção ao agente financeiro contra as oscilações do câmbio e tendem a diminuir a pressão sobre os preços da moeda americana.

"Os importadores aproveitaram este momento para efetuar os pagamentos que estavam aguardando um patamar de taxas mais favorável, e que não podiam mais ser postergados, o que impediu uma queda maior das cotações", afirmou Miriam Tavares, diretora da AGK Corretora, em relatório sobre o mercado financeiro.

Folhapress

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu ontem recuperar boa parte das fortes perdas acumuladas ao longo dos últimos cinco dias. A recuperação dos mercados começou pelas bolsas asiáticas e "contaminou" as européias e americanas, favorecidas pela expectativa de que os juros caiam nos EUA.

O termômetro da bolsa paulista, o Ibovespa, avançou 13,42% e atingiu os 33.386 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,90 bilhões, ainda abaixo da média do mês (R$ 5 bilhões/dia). Trata-se da segunda maior alta do ano, somente atrás da valorização de 14,65% registrada no último dia 13.

As ações líderes da Bovespa, Vale e Petrobras, valorizaram, respectivamente, 13,38% e 10,71%, num dia de ajustes nos preços das commodities (matérias-primas), a exemplo do petróleo, que bateu US$ 63 na praça de Nova Iorque (Nymex).

A disparada de ontem, no entanto, não deve evitar que a bolsa brasileira emende o seu quinto mês consecutivo de desvalorização. Até agora, o Ibovespa registra retração de 32,6%.

"O mercado está irracional. Hoje [ontem] foi um dia de euforia e subiu mais de 10%. Amanhã [hoje] pode cair outros 10%", comenta Frederico Mesnik, sócio da Humaitá Investimentos.

Para ele, o mercado pode contar com mais alguns meses de volatilidade antes que "a racionalidade" volte aos negócios. "A gente começou a ver alguns indícios de saída da fase de pânico. O dinheiro injetado pelos governos vai começar a fazer efeito de forma muito gradual. Somente em janeiro o mercado vai começar a ter dados mais claros sobre a economia. Os números vão mostrar um crescimento bem fraco, mas pelo menos nesse ponto todo mundo vai ter uma visão menos incerta sobre quem vai acabar e quem vai sobreviver", avalia. "A partir daí, os investidores podem voltar a fazer as contas e decidir pelos fundamentos", acrescenta.

As bolsas européias concluíram os negócios em terreno positivo, a exemplo de Londres (1,91%), Paris (1,55%) e Frankfurt (11,27%). Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque disparou e subiu 10,88% no fechamento.

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