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O principal índice da Bovespa registrou queda nesta segunda-feira (16), influenciado pelas preocupações sobre a economia dos Estados Unidos, após mais uma queda nas vendas no varejo norte-americano.

O Ibovespa caiu 1,71%, a 53.401 pontos. O volume financeiro do pregão foi de R$ 9,92 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre ações que girou R$ 3,78 bilhões, sendo R$ 2,39 bilhões em opções de compra e R$ 1,38 bilhão em opções de venda.

As vendas no varejo dos EUA caíram pelo terceiro mês seguido em junho, num sinal de que a recuperação econômica do país está vacilando. A queda foi de 0,5%, sendo que analistas consultados pela Reuters esperavam alta de 0,2%.

Nos mercados externos, porém, a queda foi menos intensa. O índice Dow Jones recuou 0,39%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,23%.

"Os indicadores norte-americanos vieram ruins. As vendas no varejo vieram piores (que o esperado)", afirmou o operador Sandro Fernandes, da Geraldo Correa Corretora de Valores.

Ele destacou que a aversão ao risco continua, assim como os temores com a desaceleração chinesa e com a crise na Europa.

"A economia chinesa continua devagar. Essa recuperação não é estável. E na Europa, solucionado o socorro à Espanha, a Itália é a próxima da fila", disse.

No último fim de semana, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou que as medidas para estabilizar a economia estão funcionando e que o governo vai acelerar os esforços no segundo semestre do ano para elevar a efetividade das políticas, conforme noticiou a agência de notícias Xinhua.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua previsão de crescimento da zona do euro para 0,7% em 2013, e manteve sua projeção de uma contração de 0,3%neste ano. A entidade informou que agora acredita que a economia da Espanha encolherá tanto neste ano quanto no próximo.

Para o Brasil, a entidade estima um crescimento de 2,5% para a economia do país em 2012, ante 3,1% estimados em abril. Porém, para 2013, a previsão do Fundo subiu em 0,5%, para 4,6%.

Entre as ações do Ibovespa, MMX teve a maior queda, de 7,13%, a R$ 5,21, seguida por PDG Realty, com baixa de 6,91%, a R$ 3,10.

A petrolífera OGX também teve forte queda, de 6,19%, a R$ 5,46. Analistas do Deutsche Bank cortaram o preço-alvo para as ações da empresa de Eike Batista após revisarem para baixo as estimativas de produção e receita da companhia pela segunda vez neste mês.

A preferencial da Petrobras recuou 1,02%, a R$ 19,35, enquanto a da Vale perdeu 1,37%, a R$ 38,78.

Na outra ponta, o destaque ficou com BR Malls que subiu 3,76%, a R$ 22,10. A empresa informou que as vendas dos lojistas de seus shoppings cresceram 22,5% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

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