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Seguindo a tendência dos mercados externos, o principal índice da Bovespa encerrou esta sexta-feira (22) com leve alta, apoiado nas ações da Vale e de construtoras, que suplantaram a influência negativa do setor financeiro. O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,21%, a 52.800 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,3 bilhões.

A trajetória positiva dos mercados norte-americanos ajudou a bolsa brasileira a subir neste pregão, com o índice Dow Jones mantendo-se acima dos 16.000 pontos -- patamar superado pela primeira vez na quinta-feira-- e o S&P acima de 1.800 pontos. "O (índice norte-americano) S&P 500 está nos 1.800 pontos, quebrando cada vez novas máximas. O mercado fica esperando que um pouco desse movimento venha para cá", afirmou o estrategista Alexandre Ghirghi, da Método Investimentos.

A alta desta sexta também foi uma reação às duas quedas anteriores do índice, disse Ghirghi. O Ibovespa fechou a semana com queda acumulada de 1,22 por cento, afetado pela realização de lucros de investidores e temores quanto ao futuro da política monetária do banco central norte-americano.

A Vale, a BM&FBovespa e a incorporadora Gafisa foram as maiores influências positivas do dia. Já a maior valorização ficou com a MMX, depois de a mineradora informar que a trading holandesa Trafigura adiantou 7,3 milhões de euros para uma fornecedora das obras de construção do Porto Sudeste.

Porém, as perdas do setor financeiro, que fizeram o Ibovespa recuar pela manhã, impediram um avanço mais significativo. Itaú Unibanco, Itaúsa, Santander, Banco do Brasil e Bradesco fecharam em queda, em meio a temores de que bancos tenham que arcar com um pagamento bilionário caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida a favor de poupadores em julgamento sobre a correção de cadernetas de poupança nas viradas de planos econômicos.

"Considerando o enorme impacto que tal litígio poderia ter no sistema financeiro e na economia, achamos ser improvável que os bancos possam perder a causa na corte", afirmaram analistas do Credit Suisse liderados por Marcelo Telles em relatório nesta sexta.

Investidores locais ficaram ainda de olho no resultado leilão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que gerou uma arrecadação de 20,8 bilhões de reais e agradou o mercado. O leilão é visto como uma medida da capacidade do governo de atrair investimentos.

A ação da CCR, cujo consórcio venceu a concorrência pelo terminal de Confins com um lance de 1,82 bilhão de reais, fechou em alta de 1,26 por cento. Ecorodovias, que não faz parte do Ibovespa, subiu 2,23 por cento. A empresa teve seu lance por Galeão superado pelo consórcio formado pela Odebrecht e a operadora de aeroportos Changi. "A Ecorodovias fez apenas um lance pelo aeroporto de Galeão... Na nossa visão, isso indica que a Ecorodovias preza pela sua disciplina de capital, que era a principal preocupação do mercado em relação a tais leilões", disseram analistas do Brasil Plural em relatório.

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