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Quiosques da Praia Central de Guaratuba não têm autorização para funcionar | Carlos Ohara/Gazeta do Povo
Quiosques da Praia Central de Guaratuba não têm autorização para funcionar| Foto: Carlos Ohara/Gazeta do Povo

Estresse diminui e dólar fecha a R$ 1,946

São Paulo – O dólar comercial foi negociado a R$ 1,946 para venda, em leve baixa de 0,05%, nas últimas operações de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,080 (venda), estável sobre o valor final de quinta-feira. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcava 213 pontos, número 1,85% inferior à pontuação final da semana passada.

O mercado de câmbio seguiu um script já observado nas últimas semanas. Pela manhã, alguns participantes do mercado puxam as cotações para cima, auxiliados por algum estresse nas Bolsas de Valores. Ontem, más notícias sobre a geração de empregos nos Estados Unidos injetaram "adrelina" nos negócios e ajudaram o dólar a bater R$ 1,968 em sua cotação máxima.

A "disparada" do dólar, no entanto, não tem se sustentado e a moeda retoma a tendência predominante de queda, fechando próxima à taxa mínima do dia (R$ 1,945). O Banco Central, desde o dia 14 de agosto, tem se ausentado dos negócios, o que já tira alguma pressão pela alta das taxas.

Entre outras notícias, a balança comercial apresentou superávit de US$ 1,204 bilhão na primeira semana de setembro.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu mais de 3,51% ontem e teve a maior baixa desde julho, com o mercado se ajustando à queda acentuada registrada pelas principais bolsas do mundo na sexta-feira. O Ibovespa fechou em 52.652 pontos

O desempenho do índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova Iorque, foi estável ontem, fechando em leve alta de 0,11%. Mas na sexta-feira, feriado do Dia da Independência no Brasil, o indicador norte-americano caiu quase 2% depois que dados bem abaixo do esperado sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos geraram temores de uma recessão na maior economia do mundo. O receio dos economistas é que o aperto no crédito provocado por problemas no mercado de hipotecas de alto risco esteja começando a afetar o crescimento do principal mercado mundial.

"O que preocupa um pouco mais é que, se houver uma queda da atividade econômica no mundo, isso vai atingir mais forte o Brasil, através das empresas exportadoras", disse Miguel Daoud, diretor da Global Financial. "As perdas de sexta têm que ser repostas e, como aqui estava fechado, alguns fundos estão vendendo as ações para repor as perdas de sexta-feira", complementou Daoud.

"Na abertura, o investidor estava assustado, principalmente por causa da sexta-feira. Depois ficou oscilando um pouco. E a partir de um certo momento o investidor começou a refazer posições, para pagar mais barato por alguns papéis no final do dia", explicou o analista Clodoir Gabriel Vieira, da corretora Souza Barros, sobre a leve recuperação esboçada no fim dos negócios.

O volume financeiro ficou em R$ 4,2 bilhões, em linha com a média diária do ano, e todos os 63 papéis do índice caíram. As perdas mais acentuadas foram registradas pelo setor aéreo: Gol caiu 8,37%, Embraer perdeu 7,80% e TAM exibiu baixa de 7,16%.

"Provavelmente algum fundo revolveu liquidar o setor", observou o operador de uma corretora nacional que prefere não ser identificado. Uma casa estrangeira foi destaque de venda nos três papéis.

Os dois papéis mais importantes da bolsa, Companhia Vale do Rio Doce e Petrobras caíram 3,26% e 2,37%, respectivamente. As ações da mineradora encerraram o dia a R$ 41,50 e os da estatal, a R$ 52,80. "São papéis com bastante peso no índice, e o deslocamento deles, para cima ou para baixo, leva o índice junto", lembra Vieira, da Souza Barros.

Ele acredita que, após a leve recuperação nos últimos negócios de ontem, a tendência seja de alta para o dia de hoje. "A perspectiva é de recuperação, com possibilidade de alta. Mas essa volatilidade que estamos observando deve continuar por uns 30 ou 40 dias."

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