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O Brasil atingiu no ano passado o primeiro bilhão de dólares em compras pela internet. Em 2005, o comércio eletrônico cresceu 43%, atingindo um faturamento de R$ 2,5 bilhões (o equivalente a US$ 1,131 bilhão pela cotação desta quarta-feira). O tíquete médio durante o ano foi calculado em R$ 272 e o número de consumidores passou de 3,284 milhões em 2004 para 4,771 milhões no ano passado. Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, empresa de pesquisa e marketing online, afirma que, além das compras pela internet terem ficado mais freqüentes, aumentaram as vendas de produtos mais caros.

- Os preços dos eletroeletrônicos caíram, o que fez as vendas de produtos de maior valor agregado crescerem - disse Guasti.

Além disso, os sites de comércio eletrônico passaram boa parte do ano com ofertas vantajosas de financiamento, entre 6 e 12 meses. Como, normalmente, modelos de eletrônicos não mudam muito, basta escolher o objeto de desejo, a marca mais apreciada, fazer uma pesquisa de preço nas principais lojas da web e comprar. Tudo isso sem enfrentar falta de vaga em shopping ou burburinho de lojas convencionais.

Para 2006, a expectativa é de crescimento de 50% do faturamento, atingindo R$ 3,9 bilhões. O total de usuários deve chegar a 6 milhões. A aposta é que novos consumidores vão entrar no mercado, com o aumento, principalmente, dos internautas que usam banda larga, por causa do barateamento dos serviços. A certificação digital, necessária para dar valor legal aos documentos que tramitam pela web, já está em processo avançado nos cartórios e nos bancos e deve chegar também aos clientes de lojas virtuais.

- São mudanças estruturais que conduzem a operação digital a um maior vigor - disse Cid Torquato, diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).

Guasti também aposta no aumento da satisfação do cliente e a facilidade de fazer buscas e comparar preços. Segundo ele, as pessoas ainda temem que os dados colocados na internet sejam roubados por hackers. Quem usa, no entanto, está satisfeito com o serviço.

- Temos índice de satisfação e índice de entrega no Canal Internet que gira em torno de 90% das pessoas, satisfeitas e muito satisfeitas - disse Guasti.

De acordo com ele, cada vez mais as pessoas confiam em receber os seus produtos no prazo. Um exemplo foi no Natal. O consumidor deixou para a última hora para comprar pela internet e não se decepcionou com o prazo de entrega, de acordo com o diretor da e.bit. As reclamações são pontuais.

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