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Um grupo de negociadores do Brasil, Índia, União Européia e Estados Unidos, que formam o G4, inicia nesta terça-feira (19) uma reunião de quatro dias em Potsdam, perto de Berlim, para buscar fórmulas que permitam concluir com sucesso a rodada de negociações de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"O encontro de negociadores do G4 não vai concluir a Rodada de Doha, mas pode ser determinante para ela", disse o comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson, num comunicado.

Os negociadores da OMC pretendem concluir a rodada de negociações de Doha ainda em 2007. Para isso, precisam fechar as linhas mestras do futuro acordo em meados do ano, já que a discussão dos detalhes pode demorar meses.

Durante a cúpula dos sete países mais industrializados do mundo e da Rússia (G8), em Heiligendamm, os líderes dos países ricos fizeram um apelo para desobstruir a Rodada de Doha.

Os principais obstáculos são a rejeição de alguns países industrializados a retirar as subvenções à agricultura que as nações em desenvolvimento vêem como uma barreira para que seus produtos tenham acesso aos mercados.

A reunião foi anunciada como um "encontro de trabalho". A imprensa não terá acesso às conversas.

Brasil

Apesar de os temas serem os mesmos há seis anos, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, não esconde que a reunião será uma "briga de foice".

"Temos de ter uma mistura de ambição e realismo", afirmou, em um recado aos setores que pressionam por maiores cortes de tarifas nos países ricos. O G-4 precisa fechar um entendimento para permitir que as negociações entre os 150 membros da OMC possam ser concluídas até o final do ano.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, acredita que falta pouco para que a OMC tenha seu acordo e que a diferença estaria em alguns bilhões de dólares. Os americanos querem limitar seus subsídios para a agricultura em US$ 22,5 bilhões. Já os europeus teriam de reduzir suas tarifas para a importação de alimentos em mais de 50%.

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