O impasse comercial entre o Brasil e a Argentina foi tema de um encontro entre os presidentes dos dois países durante o 3º Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, que acontece no Rio de Janeiro.
Importadores argentinos teriam cancelado compras de produtos alimentares de empresas brasileiras para dar preferência a encomendas regionais. Restrições da Argentina a importações de alimentos do Brasil já teriam provocado um cancelamento de 25% das compras de alimentos produzidos aqui com destino ao país vizinho. O governo do país negava as medidas.
Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que o assunto será resolvido com mais incremento comercial. "A reunião foi mais do que boa", disse Cristina depois do encontro.
A presidente argentina afirmou que o Brasil se comprometeu a enviar uma missão ministerial para a Argentina para buscar meios de incentivar o comércio entre os dois países. Segundo ela, Lula disse os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miguel Jorge (Desenvolvimento) vão fazer parte da missão que vai discutir as medidas. "Não haverá retaliação, e sim aprofundamento das relações comerciais, aumento do intercâmbio", explicou.
Cristina Kirchner disse que o governo argentino não apresentou pedidos específicos ao presidente brasileiro. "Não houve pedidos, mas o Brasil tem consciência que por seu volume e importância, precisa ter uma postura mais contemplativa com as economias que não têm essa importância."
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o problema comercial do momento envolve uma parcela pequena do intercâmbio entre os dois países. "Isso é um percentual mínimo do nosso comércio. Não quer dizer que a gente ache certo ou não", disse.
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