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O Brasil é o campeão de computadores-zumbis, usados para ataques de hackers, na América Latina. Segundo o 10.º Relatório de Ameaças de Segurança na Internet, divulgado pela Symantec, 49% das infecções causadas por redes de bots (da palavra "robots", robôs – no caso, softwares automáticos que invadem o PC e permitem seu controle remoto por um hacker) na região acontecem aqui mesmo, no varonil solo brasileiro. E a maior parte desses ataques está de olho nos dados pessoais do usuário doméstico.

"Oitenta e seis por cento dos ataques e códigos maliciosos visam a chegar ao computador doméstico", alerta Douglas Wallace, diretor de engenharia de sistemas da Symantec para a América Latina. "E os phishings (mensagens falsas de e-mail com links levando a sites igualmente falsos ou trazendo cavalos-de-tróia) aumentaram 81% do ano passado para cá."

O curioso é que, ao menos em tese, os ataques a computadores latino-americanos não se originam na região. Nos EUA está a origem de 41% dos ataques cibernéticos voltados para cá, enquanto a Grã-Bretanha fica em segundo, com 15%.

Outra conclusão a que se chega examinando a pesquisa da Symantec é a de que a era dos simples vírus – antigamente voltados para atacar um sistema ou programa – acabou. Da lista dos dez códigos maliciosos mais perigosos só há um vírus de e-mail tradicional, o Redlof.A, contra oito worms (que se reproduzem automaticamente) e um cavalo-de-tróia, este sugestivamente intitulado Bancos (e especializado em roubar senhas utilizadas em websites financeiros). E os bancos brasileiros são os maiores alvos na América Latina. Isso porque, explica Douglas, o Brasil, com seu jeito pioneiro de ser, foi o único país latino-americano em que o internet banking foi abraçado pela população.

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