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A poucos dias do fim da trégua acertada entre Estados Unidos e Brasil em torno das retaliações autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no caso do algodão, os dois países discutem o modelo de gerenciamento do fundo compensatório de US$ 147,3 milhões anuais. A criação de um fundo foi acertada entre os dois países como forma de compensar os produtores brasileiros de algodão pelos subsídios concedidos pelo governo dos EUA a seus produtores, política condenada pela OMC em 2005.

No começo do mês, o Brasil informou que a compensação temporária de US$ 147,3 milhões ao ano valerá até que os Estados Unidos possam reformular sua Lei Agrícola (Farm Bill), em 2012, e rever a política de subsídios ao algodão.

O fundo é um dos itens do pacote que permitiu o adiamento do início das retaliações na área de bens contra os EUA para o dia 22. Ao anunciar o adiamento, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) informou que o prazo poderá ser prorrogado por mais 60 dias, caso o governo norte-americano cumpra as medidas negociadas com o Brasil.

O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha, contou que o fundo será gerenciado por três representantes da Abrapa e três do governo brasileiro (dos ministérios da Agricultura, Relações Exteriores e do Desenvolvi­mento). Cunha ressaltou que os americanos fazem questão de "transparência" na aplicação dos recursos. Ele lembrou que há um impasse quanto à origem e à utilização dos recursos.

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