Pesquisa do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) revelou que o Brasil é o tercerio país com o maior custo relativo de investimento entre as 47 economias industrializadas ou em desenvolvimento no mundo. Tomando-se o custo de 1970 igual a 1, em 2005, o valor calculado para o país era de 1,31, superado apenas por Tailândia (1,43) e Irlanda (1,38).
Desde 1998, o preço relativo do investimento fixo do país só cresceu, de 1,13, até 1,32. Segundo o Iedi, o comportamento do preço relativo de máquinas e equipamentos tem sido ainda menos favorável do que o do conjunto da formação bruta de capital fixo. Para os investimentos fixos em maquinaria (série até 2005), houve um acréscimo de 1 para 1,5 entre 1998 e 2005.
No entanto, o custo teve queda de 1,5% em 2006. Para o instituto isto é resultado de iniciativas tomadas entre 2004 e 2005, que reduziram a zero o IPI sobre bens de capital e permitiram um menor prazo de aproveitamento do PIS/COFINS recolhido na aquisição de bens de capital.
Mesmo assim, o instituto ressalta que o país precisa baratear ainda mais a carga tributária no custo do investimento, reduzir o encargo financeiro que incide na produção dos bens de mais longo ciclo de produção como são os bens de investimento. Outra sugestão do Iedi é acelerar e aprofundar as medidas de política industrial e tecnológica para o setor de bens de capital, melhorar a infra-estrutura e reduzir a deficiência regulatória que também se traduzem em custos ampliados para o investimento.
Os dez países mais caros do mundo são Tailândia (1,43), Irlanda (1,38), Brasil (1,31), Peru, (1,20), Finlândia (1,17), Índia (1,17), Uruguai (1,05), Grécia (1,05), Paraguai (1,03) e Hong Kong (1,03). E os com menores custos são Hungria (0,53), Coréia do Sul (0,60), Suíça (0,65), Austrália (0,69), África do Sul (0,70), Filipinas (0,73), Arábia Saudita (0,74), Turquia (0,75), Canadá (0,77) e Nova Zelândia (0,78).
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