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São Paulo – Representantes da indústria de frango do Brasil e da União Européia (UE) voltam a se reunir na terça-feira, 26, em Genebra, para negociar o volume das cotas tarifárias impostas pelo bloco ao produto brasileiro. Será a terceira reunião das partes. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), Ricardo Gonçalves, considera que houve avanços no encontro realizado semana passada. "Agora não estamos falando em valores tão distantes quando antes." Os representantes brasileiros também estão negociando como deve ser o monitoramento das cotas.

Fontes que participaram da reunião da semana passada disseram que a UE teria oferecido cota total de 322 mil toneladas. A proposta anterior seria de 231.168 toneladas. A cota global seria formada por 170.844 toneladas de cortes salgados, 64.580 toneladas de frango processado (industrializado) e 87.340 toneladas de carne de peru processada. Gonçalves disse que não há números definitivos.

Os embarques que excederem as cotas vão pagar tarifas entre 1,02 mil e 1,3 mil euros por tonelada. Hoje as exportações brasileiras pagam 8,5% no caso da carne de peru industrializada, 10,9% na carne de frango industrializada e 15,4% no peito de frango salgado. Esses porcentuais continuarão valendo para as importações que estiverem dentro das cotas.

A Abef calcula que o Brasil deve deixar de exportar cerca de US$ 400 milhões por ano em carne de aves ao bloco. As perdas na exportação foram calculadas levando em conta que as tarifas vão barrar o crescimento das vendas brasileiras (de 22% ao ano, em média) de carne in natura e industrializada. Em 2006 as exportações devem ficar em torno de US$ 500 milhões.

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