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Mantega diz que PIB do 2º trimestre ficou aquém da expectativa

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (29) que a queda de 0,6% do PIB no segundo trimestre ficou aquém do esperado. "O PIB do segundo trimestre ficou aquém das nossas expectativas", disse Mantega.

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Com forte retração nos investimentos produtivos e na indústria, a economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2014 sobre os três meses anteriores, levando o país a entrar em recessão técnica pela primeira vez em cinco anos.

Em relação ao segundo trimestre de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) do país teve retração de 0,9%, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29).

O instituto também revisou o resultado do primeiro trimestre deste ano sobre o quarto trimestre de 2013 para mostrar contração de 0,2%, contra avanço de 0,2% divulgado anteriormente.

Os resultados no trimestre encerrado em junho vieram piores do que o esperado por economistas em pesquisa Reuters. A mediana das projeções apontava para retração de 0,4% do PIB sobre o primeiro trimestre e de 0,6% na comparação anual.

O Brasil não entrava em recessão técnica, quando há dois trimestres seguidos de contração, desde a crise financeira global de 2008/2009.

Os dados divulgados nesta manhã pelo IBGE reforçam o pior momento econômico vivido pelo Brasil dentro da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição nas eleições de outubro.

Setores

O único subsetor da indústria que teve resultado positivo no período foi o de extrativismo mineral, com avanço de 3,2%. Entre as quedas nas outras áreas, destacam-se a da indústria de transformação (-2,4%), a de construção civil (-2,9%) e a de eletricidade e gás, água esgoto e limpeza urbana (-1%).

Já o setor de serviços teve recuo puxado pela queda do comércio, que chegou a 2,2%, e pelo resultado negativo do segmento de outros serviços (-0,8%). Serviços de informação tiveram o melhor desempenho, com alta de 1,1%, e também contribuíram positivamente o de atividades imobiliárias e aluguel, que subiu 0,6%.

Formação Bruta de Capital Fixo

Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimentos, recuou 5,3% no trimestre passado sobre o período imediatamente anterior. Foi o pior resultado desde 2009 e marcou o quarto trimestre seguido de retração.

Na comparação com o mesmo período de 2013, a FBCF de abril a junho teve queda 11,2%.

A taxa de investimento no país como proporção do PIB ficou em 16,5% no segundo trimestre, o pior resultado para esse período desde 2006, quando tinha ficado em 16,4%.

PIB da indústria

O resultado da indústria também foi negativo no trimestre passado, com retração de 1,5% sobre o período anterior e de 3,4% contra um ano antes, segundo o IBGE.

Um dos fatores que pesaram na economia no segundo trimestre foi a realização da Copa do Mundo, devido ao menor número de dias úteis em razão de feriados, como lembrou na véspera o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Consumo

O IBGE também informou que o consumo do governo recuou 0,7% no segundo trimestre sobre o primeiro, enquanto que o consumo das famílias cresceu 0,3% na mesma base de comparação.

A agropecuária teve expansão de 0,2% no segundo trimestre sobre janeiro a março e ficou estável em relação a igual período de 2013.

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