Meirelles: ingresso no clube que gerencia as dívidas das 21 maiores economias do planeta.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assinou nesta sexta-feira (30) a adesão formal do Brasil ao Clube de Paris – fórum criado na década de 1950 e que gerencia o valor das dívidas das 21 das maiores economias globais. A assinatura ocorreu em cerimônia no Ministério da Fazenda, da qual participa o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili.

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Antes de assinar o termo de adesão, Meirelles, afirmou que o Brasil já tinha sido admitido no clube, mas não tinha entrado formalmente, o que ocorreu nesta sexta-feira. Até então, o Brasil era membro “ad hoc”, que dava o direito ao país de participar das negociações.

Simbolismo

Meirelles afirmou que, para além das vantagens objetivas, a adesão do Brasil ao Clube de Paris é um ato simbólico que consolida a figura do país como credor internacional. Para Meirelles, a adesão é ainda uma sinalização de confiança para os credores internacionais.

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“Além das vantagens objetivas, existe também um aspecto simbólico. O Brasil foi durante um longo tempo um devedor internacional líquido e, portanto, participou do clube como devedor”, afirmou Meirelles em discurso após a assinatura da adesão do Brasil ao Clube de Paris ao lado do embaixador da França no Brasil, Laurent Bili.

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O ministro ressaltou a ação do Clube no equacionamento da situação de crédito de países em desenvolvimento e emergentes, na adoção de mecanismos de prevenção de crise e problemas de dívida externa de toda a comunidade internacional e na definição do tratamento homogêneo por parte dos credores.

Meirelles ressaltou ainda que a adesão do Brasil permitirá ao país participar da definição das regras e da formação de jurisprudência para o tratamento da dívida que definem o comportamento dos credores. “Isso é vital para qualquer país credor”, afirmou o ministro no discurso.

O ministro afirmou ainda que a adesão ao Clube é uma sinalização para credores internacionais de que o Brasil está adotando políticas, propostas e reformas para consolidar sua posição como credor.

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