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Lula: companheiros, a internet é território livre. | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Lula: companheiros, a internet é território livre.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Agosto

"País criou 150 mil vagas formais"

Folhapress

Boa Vista - O presidente Lula disse ontem, a rádios de Roraima, que a geração de empregos formais em agosto deve ter chegado a 150 mil postos. Se confirmado, será o melhor resultado mensal do mercado de trabalho desde a chegada da crise ao Brasil, no último trimestre de 2008.

"Certamente vamos bater outra vez recorde de criação de empregos. Deve ser por volta de 150 mil empregos. Enquanto o mundo inteiro está tendo desemprego, vamos chegar ao fim do ano com quase 1 milhão de empregos novos criados", disse.

Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que deve ser divulgado amanhã pelo Ministério do Trabalho. No mês passado, ao divulgar o desempenho do mercado formal em julho, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) já havia estimado que o número de novos postos passaria de 150 mil em agosto.

Lupi acha que o resultado de agosto poderá ficar próximo de 200 mil. Avalia que a indústria apresentará o melhor resultado do ano, com quase todos os setores contratando mais que demitindo.

Em julho, o Caged apontou a criação de 138.402 vagas formais, o melhor saldo registrado no ano e o quarto maior da série histórica, segundo dados do cadastro. No ano, as contratações superam as demissões em 437.908 vagas. Desde outubro do ano passado, entretanto, o mercado ainda contabiliza saldo negativo de empregos, com fechamento de 196.458 postos.

Lula comentou também o resultado do PIB do segundo trimestre. "Os últimos números do PIB são muito alentadores, significa que a gente vai terminar o ano numa fase muito boa e vamos começar o ano que vem numa fase muito melhor", afirmou o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil iniciará 2010 com "muito otimismo" e "crescimento". No programa semanal de rádio "Café com o Presidente" que foi ao ar ontem, Lula destacou a tese do governo de que o Brasil seria o último a ser afetado pela crise financeira internacional e o primeiro a sair.

De acordo com o presidente, o país estava preparado para enfrentar a situação por ter uma economia "sólida", com reservas e mercado interno em potencial. "Quando veio a crise e nós tomamos as medidas anticíclicas que tomamos, incentivando a indústria a produzir e facilitando a vida do consumidor, voltamos a bater recorde de produção e de venda de produtos. Acredito que os números do terceiro trimestre serão muito importantes e vão demonstrar um crescimento muito melhor na economia", prosseguiu.

O discurso do presidente vem pouco mais de um ano depois de o governo tratar a crise internacional como um tsunami no mundo desenvolvido que chegaria aqui como uma marolinha. Nesse período, o país passou por uma fase de oscilações agudas. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que havia batido nos 73 mil pontos em maio de 2008 caiu abaixo dos 30 mil pontos em outubro. Hoje já se aproxima dos 60 mil pontos. Outra mostra da oscilação está na cotação do dólar, que disparou para mais de R$ 2,50 nos momentos mais tensos da crise e hoje caminha para R$ 1,80.

A indústria foi o setor mais atingido: houve uma perda de quase 20% na produção industrial nacional entre setembro e dezembro de 2008 – até julho, quase metade dessa perda havia sido recuperada. Com a combinação de medidas de estímulo ao consumo, como a redução de impostos para veículos e a linha branca, e um aumento comportado do desemprego, o consumo interno manteve o crescimento, o que puxou o PIB no segundo trimestre deste ano.

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