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O Brasil já enriquece urânio em território nacional, uma tecnologia que poucos países dominam. A planta das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em Resende, no sul fluminense, passou ontem pelas últimas inspeções de observadores brasileiros e também da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para iniciar a operação em regime industrial.

Segundo o diretor de enriquecimento da INB, Mario Botelho, a consolidação da produção poderá resultar em economia de cerca de US$ 100 milhões anuais para o Brasil, que importa os serviços de enriquecimento para abastecer Angra 1 e 2.

O gasto, porém, não será eliminado antes de 2014, quando a INB deve alcançar a capacidade de atender à demanda de todo o parque nuclear, incluindo a futura usina Angra 3 e as outras seis em planejamento até 2030. A planta da INB começou a operar após a autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no final do ano passado, formalizada no último dia 5. Tem duas cascatas de ultracentrífugas, produzidas pela Marinha, que serão responsáveis por uma parcela muito pequena da demanda atual das duas usinas brasileiras em operação no litoral fluminense.

Por isso, a produção inicial vai compor um estoque estratégico em vez de alimentar os reatores de Angra 1 e 2, que continuarão a utilizar o material beneficiado no exterior. A conta da importação só deverá começar a cair perto de 2012, quando a INB deverá contar com dez cascatas de centrífugas para atender a 100% da demanda de Angra 1 e 20% de Angra 2.

"Nosso planejamento estratégico é de que, a partir de 2014, sejamos autossuficientes no enriquecimento de urânio", disse o diretor de Enriquecimento da INB, Mario Botelho.

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