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Mais uma vez, Hong Kong lidera a lista das economias mais livres do mundo, enquanto que o Brasil ocupa o 70º lugar do "Index of Economic Freedom" (Índice de Liberdade Econômica) elaborado pelo jornal "The Wall Street Journal" e Heritage Foundation. O Chile, por sua vez, é o primeiro dos países latino-americanos, na 11ª colocação em nível global.

"Chile ocupa o terceiro lugar entre as economias das Américas e tem sido líder regional há mais de uma década", afirma o documento, o qual é situado no continente atrás apenas dos EUA e Canadá.

De acordo com a edição de 2007, o Brasil tem 60,9% de liberdade em sua economia, o que situa o país na 70.ª nação mais economicamente livre do mundo. O resultado mostra que o país está 0,8 ponto percentual menos livre que no ano passado, refletindo, parcialmente, novos detalhes metodológicos.

O Brasil é o 17º da lista de 29 países das Américas e o resultado geral está bem abaixo da média regional.

Segundo o relatório, o Brasil é uma potência econômica regional e recebe muitos pontos em liberdade fiscal e de intervenção do governo. No entanto, diz o informe, sofre de uma burocracia "altamente ineficiente e corrupta", o que contribui para os baixos rresultados obtidos nos itens liberdade de negócios, de investimentos e financeira.

Por conta da série inflexibilidade regulatória, iniciar um negócio leva três vezes mais tempo que a média mundial. Existem sérias restrições significativas de capital estrangeiro em uma ampla gama de setores, e o governo permanece fortemente envolvido com os setores bancário e financeiro. Segundo o relatório, o sistema juduciário ainda é ineficiente e sujeito á corrupção, assim como outras áreas do setor público.muito envolvido

O informe diz ainda que o país enfrenta sérios obstáculos ao investimento de longo prazo e crescimento econômico, incluindo um sistema de impostos confuso, barreiras ao investimento estrangeiros em alguns setores, gestão governamental da maioria do setor elétrico e de petróleo e um complicado sistema regulatório.

Lista Global

A pesquisa considera dez categorias de liberdade econômica na pesquisa: nos negócios; no comércio; liberdade fiscal; de intervenção do governo; monetária; de investimentos; financeira; de corrupção; do trabalho; e direitos de propriedade.

A melhor classificação do Brasil está na categoria de liberdade em relação à intervenção governamental, com 88,8%. Quem lidera a lista nessa categoria nas Américas são a Guatemala (1º, com 96,4%) e Haiti (2º, com 95,2%).

Já o grau mais baixo de liberdade econômica no Brasil é o registrado no quesito corrupção, 37%. "A percepção de corrupção [no Brasil] é significativa", diz o estudo, que cita o índice de 2005 da organização não-governamental Transparência Internacional --pelo qual o Brasil ficou em 62º lugar entre 158 países.

O outro índice abaixo da média no Brasil (40%) é o de liberdade financeira. O índice relativo a direitos de propriedade ficou em 50%. O estudo destaca nesse tópico a ineficiência do Judiciário, "sujeito a influência econômica e política e afetado por problemas relativos à falta de recursos e de treinamento".

No item trabalho (63,8%), o estudo destaca os custos não ligados a salários, o que torna cara a demissão de funcionários. "Os benefícios exigidos pela rígida legislação trabalhista ampliam o custo total do trabalho."

Entre todos os países da América, além do Chile, destaca-se El Salvador, que ocupa o 7º posto regional e o 29º do mundo. O Brasil aparece como 17º da região.

Quatro países europeus chegaram entre os dez primeiros: Grã-bretanha, Irlanda, luxemburgo e Suíça.

O índice de 2007 mostra que para os 157 países classificados, a liberdade econômica global, no geral, ficou ligeiramente estagnada neste ano, depois de uma sustentada tendência de alta, ficando 0,3% abaixo da média de 2006.

Depois de Cuba, o país com a pior nota é a Coréia do Norte, com apenas três pontos.

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