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Venda de carros cresceu 8% nos dez primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2009 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Venda de carros cresceu 8% nos dez primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2009| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

As vendas de veículos novos no país apresentaram expansão de 8% no acumulado dos dez primeiros meses deste ano, no confronto com o mesmo intervalo em 2009, batendo recorde para o período com o emplacamento de 2,805 milhões de unidades, de acordo com os dados divulgados pela Fenabrave (federação das concessionárias) ontem. O resultado indica que o Brasil deve ultrapassar a Alemanha neste ano, tornando-se o quarto maior mercado em vendas no mundo.

A maior marca até então havia sido contabilizada no ano anterior (2,597 milhões). Considerando apenas outubro, 303,4 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões foram licenciados, atingindo também um novo patamar para o mês, mesmo com a redução de 1,2% ante setembro. No comparativo com igual período no ano passado, houve acréscimo de 3,1%. "O resultado dos primeiros dez meses do ano mostra a tendência de crescimento do setor. Já a ligeira queda de setembro para outubro foi motivada pela menor quantidade de dias úteis – outubro teve apenas 20", afirma o presidente da Fenabrave, Sergio Reze.

Câmbio

Para as montadoras instaladas no país, o câmbio ainda é um dos principais entraves para o crescimento das exportações, o que elevaria a produção local – o Brasil ocupa apenas a sexta posição no ranking global. Em quantidade, as vendas para o exterior retomaram ao nível pré-crise, mas não em valor, devido à maior participação dos veículos desmontados – que têm menor valor agregado – nessa equação.

No Salão Internacional do Automóvel, que vai até domingo em São Paulo, o presidente da GM na América do Sul, Jaime Ardila, ressaltou que a valorização do real é mais um problema para a indústria do que para as marcas, já que essas podem importar veículos de outras fábricas dependendo da conjuntura de mercado. "Mas nossa preferência é produzir aqui. Nossa preocupação é com uma desindustrialização do país, que pode acontecer se a valorização do real continuar no ritmo atual", diz o executivo.

Cerca de 65% dos veículos que entram no país são trazidos pelas próprias montadoras, principalmente da Argentina e do México, com isenção do Imposto de Importação devido a acordos comerciais. Para o presidente da Fiat na América Latina e também da Anfavea (associação das montadoras), Cledorvino Belini, ainda assim o aumento dos importados é preocupante. "Os 35% [restantes] estão crescendo de forma exponencial", diz. Segundo o executivo, as importações para o Brasil de marcas chinesas e coreanas cresceu 1.200% nos últimos quatro anos. "Acendeu o farol amarelo", avisa.

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