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Curitiba Connectory
Flavia Andrade, CEO da aceleradora Idea Lunchbox, parceira da Connectory em Curitiba e Chicago.| Foto:

Com 3,5% de seu faturamento total na América Latina direcionado para a área de Pesquisa e Desenvolvimento, a Bosch já havia anunciado que, para 2019, a sua estratégia de expansão no Brasil passaria pela inovação. A aposta da companhia ganha força com a inauguração do seu quinto espaço de inovação aberta, o primeiro nesta ponta do continente.

O Curitiba Connectory abriu as portas junto ao hub Distrito Spark CWB e se une a outros cinco já existentes. As demais unidades ficam nas cidades de Chicago, Guadalajara, Londres, Stuttgart e Xangai, todas com foco no conceito global de atuar como plataforma de cocriação para impulsionar o desenvolvimento de soluções inovadoras e de novos modelos de negócios que envolvem Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) nos mais diversos setores.

De olho em demandas e estratégias específicas da região onde está inserido, o Connectory inaugurado no país tem como norte fomentar inovação nas áreas de inteligência artificial, IoT, Transformação Digital, Indústria 4.0 e Agronegócio por meio de parcerias entre empresas, startups, universidades e demais atores do ecossistema.

Go global

O Connectory - como o próprio nome deixa antever - tem entre os seus objetivos principais objetivos colaborar para o desenvolvimento de um ambiente global conectado. Para isso, reúne diversos parceiros que fazem as vezes de ponte para que os empreendedores de um determinado polo se aproximem de novas possibilidades, como a chance de expansão para além das fronteiras em que o negócio nasceu.

A Idea Lunchbox é uma desses players. Aparece como facilitadora dos caminhos para aquelas startups que buscam a internacionalização e que já estão suficientemente maduras para encarar o processo de aceleração (ou seja, que já tenham seu produto ou serviço validado e que tenham fit adequado para uma inserção nos EUA).

Brasileira vivendo naquele país há 20 anos, a CEO da aceleradora, Flávia Andrade, afirma que o empreendedor conterrâneo precisa pensar muito além do local para conhecer de fato as oportunidades de um negócio. "A curva de crescimento do mercado brasileiro é linear; a curva de crescimento de mercados mais desenvolvidos é exponencial. Se você parar para pensar só no mercado brasileiro, em conquistar o mercado brasileiro primeiro, quando você se preparar para sair já vieram três outras [empresas] para o Brasil e mataram você. Não é necessariamente essa a melhor ordem", avalia.

Baseada em Chicago, a Idea Lunchbox já trabalha junto ao espaço de inovação da Bosch daquela cidade. Agora, a presença no Curitiba Connectory abre a possibilidade de "intercâmbios", com negócios indo daqui para lá e vindo de lá para cá, com consultoria para facilitar o processo de chegada no novo mercado até o seu "enraizamento", como chama a CEO.

Além de - é claro - viabilizar novos negócios, outro dos objetivos da aceleradora é reduzir a desigualdade de desenvolvimento entre ecossistemas de inovação que, segundo Flávia Andrade, ganham com as trocas. "A heterogeneidade é a solução", acredita ela, ao pontuar que a interação com ambientes mais dinâmicos é benéfica para o mindset do empreendedor brasileiro. Ainda nesse sentido, ela destaca que, diferente do que se pode pensar, "ir para fora ou procurar soluções fora do Brasil não quer dizer que ele não está ajudando o Brasil, ao contrário É conhecimento que volta para cá, ao mesmo tempo que mostra lá fora o que tem de melhor aqui", conclui.

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