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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reafirmou nesta segunda-feira que o Brasil deixou para trás os meses de declínio provocados pela crise global, no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o pior semestre da história para a produção industrial do país.

"Há sinais de (a economia) ter crescido no segundo trimestre e de continuar a crescer no terceiro. Isso mostra uma trajetória clara de que há sinais antecedentes de que o país já saiu da recessão", afirmou Meirelles a jornalistas.

Segundo ele, o país chegará ao final do ano em trajetória de crescimento e pronto para reiniciar um processo de expansão sustentada, como o que "prevaleceu nos últimos anos".

O IBGE divulgou pela manhã que a produção da indústria acumulou queda de 13,4 por cento na primeira metade do ano frente ao mesmo período de 2008. Somente em junho, a atividade cresceu 0,2 por cento, no sexto mês seguido de alta nesse tipo de comparação.

Meirelles esteve reunido nesta segunda-feira com presidentes de bancos centrais do Mercosul, Bolívia, Chile, Peru e Venezuela.

Segundo o BC brasileiro, as autoridades desses países concluíram que há indícios de melhora nos cenários internacional e regional e que a região demonstrou capacidade superior à do passado para absorver o impacto do choque internacional.

Meirelles relatou ainda que é possível que em 2010 Brasil e Uruguai fechem um acordo semelhante ao que o país já tem com a Argentina para liquidação das operações de comércio exterior em moeda local.

"Existe interesse muito grande de outros países da América do Sul e, como já mencionamos antes, o banco central da Índia também manifestou interesse de estudar conosco esse tipo de sistema, assim como da China e da Rússia", disse.

"É importante finalizar o projeto com o Uruguai antes (de partir para outros países)". Ele admitiu que os volumes negociados em moeda local com a Argentina ainda são baixos, mas avaliou que crescerão à medida que outros países entrarem no sistema.

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