• Carregando...

As regiões urbanas do Brasil são o lugar do mundo onde mais leitores de notícias digitais aceitariam pagar por elas. Segundo o "Digital News Report 2014", relatório lançado semana passada pelo Reuters Institute, do Reino Unido, 65% dos leitores do país que já pagaram por conteúdo têm assinaturas, e dentre os leitores que não têm assinatura, 61% dizem que estariam dispostos a pagar um dia.

O relatório parte de uma pesquisa feita em dez países. A menor proporção está no Reino Unido, onde apenas 7% aceitariam pagar por notícias. O maior provedor de notícias on-line no país é o site da rede de TV BBC. A emissora, pública, já cobra de todos os domicílios uma taxa anual por aparelho de TV disponível em casa.

Em todos os países pesquisados, dispositivos móveis ganham popularidade entre os jovens como meio para ler notícias, embora meios tradicionais, como o jornal e a TV, permaneçam populares. Na semana anterior à aplicação do questionário, quase tantos brasileiros tiveram acesso a notícias em redes sociais (54%) quanto em meios tradicionais (55%).

Tendência

No Brasil, mostra o relatório, o "homem cordial" se digitalizou. Os leitores brasileiros gostam mais de compartilhar o que leem e dão mais peso à marca da publicação e à autoria de um texto do que em outros países.

Esse peso se manifesta na polarização gerada por alguns colunistas e blogueiros. O Brasil tem, segundo a pesquisa, o menor índice de leitores que preferem pluralidade de pontos de vista a opiniões individuais.

"Pode haver riscos reais à compreensão pública com o crescimento de notícias subjetivas ou militantes, sem um lastro de informação objetiva", escreve o professor Richard Sambrook no relatório.

Os brasileiros entrevistados pelo Reuters Institute têm uma pauta variada de leitura. Afirmaram gostar de ler sobre o país (66%), saúde (57%) e sua cidade (47%), e tiveram o segundo maior índice de preferência por notícias de celebridades (22%), atrás apenas do Japão.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]