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O Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu nesta quinta-feira (28), durante o Fórum Econômico Mundial da América Latina, no Rio de Janeiro, a aspiração do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e disse que o país tem trabalhado em cooperação com os países da América Latina para que suas ações reflitam as preocupações regionais.

"Estamos criando todos os mecanismos possíveis e um ambiente de cooperação que permita que, diante de uma reforma, que eventualmente o Brasil possa adquirir status de participação a título permanente, tenhamos condições de fazer um trabalho que reflita também as preocupações regionais", disse.

Durante o debate que participou sobre América Latina e governança global, o ministro foi questionado se acredita que o Brasil irá conseguir o pleito e sobre o papel que o país pretende desempenhar na liderança regional.

Patriota respondeu diplomaticamente, dizendo que não faria um exercício de "futurologia". Ele destacou, porém, que o a defesa de um modelo mais abrangente tem adquirido cada vez mais relevância e espaço na comunidade internacional e que o "assunto não vai desaparecer".

"Temos avançado em reforma na governança global em outras áreas, com a superação do G8 pelo G20, o surgimento do G20 comercial. O que falta fazer é reformar as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança", disse. "Essa é a abordagem que temos assumido e que é o sentimento predominante da comunidade internacional".

Segundo Patriota, a América Latina goza de grande homogeneidade e já tem diversos mecanismos de cooperação capazes de fazer um trabalho mais coordenado na região como o Mercosul e a Unasul.

"Queremos participar de maneira mais ativa nessa integração, aprofundando o contato regional", disse. "Nosso futuro está ligado a América Latina".

Acordo com UE

Patriota afirmou também, durante a participação no Fórum, que considera "realizável" a entrada em vigor de acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Europa até 2012.

"É um prazo razoável imaginar 2012 como horizonte", disse. "Representamos hoje um parceiro muito atraente para a União Europeia", acrescentou, lembrando que a regi8ão cresceu cerca de 8% em 2010.

"Estamos numa fase de examinar ofertas melhoradas dentro de um cronograma acelerado", explicou o ministro. "Continuaremos a fazer esforço para chegar o mais breve prazo num entendimento".

Na quarta-feira, uma delegação do parlamento europeu esteve em Brasília para discutir os avanços nas negociações. "Fico muito satisfeito que os parlamentares europeus estão apoiando a iniciativa. Agora, a negociação é com o executivo europeu. Mas eu vejo como algo realizável sim".

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