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“Fiz vários cursos para me especializar e hoje já tenho objetivos traçados para os próximos cinco anos. Entre os projetos a que estou me dedicando está, no futuro, a abertura de franquias da minha empresa.”Carlos Marinho Guedes, proprietário da Cia do Tapete | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
“Fiz vários cursos para me especializar e hoje já tenho objetivos traçados para os próximos cinco anos. Entre os projetos a que estou me dedicando está, no futuro, a abertura de franquias da minha empresa.”Carlos Marinho Guedes, proprietário da Cia do Tapete| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

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O empreendedor brasileiro é homem, tem 42 anos, ensino médio completo, já trabalhou no varejo, emprega familiares e tem faturamento bruto de R$ 60 mil por mês. Esse é o perfil médio do empresário que decide se aventurar em um negócio próprio, segundo um estudo inédito feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Esses pequenos negócios, em sua grande maioria, não contam com linhas de crédito bancário para começar, nem são muito adeptos da tecnologia.

A principal característica identificada pelo estudo, segundo o economista do SPC, Nelson Barrizzelli, é que os negócios do varejo são, em geral, pequenos, mas maduros – 63% dos empresários entrevistados estão no negócio atual há mais de dez anos.

É como o caso do empresário Carlos Marinho Guedes, proprietário da Cia do Tapete, empresa que comercializa tapetes em três unidades e em uma quarta presta também serviços de limpeza, customização e conserto de tapetes. Ele tem seu negócio há 14 anos e o abriu após trabalhar com o sogro em outro varejo, com capital próprio. Ele tem 48 anos e pós-graduação, e, assim como outros 53% dos empresários brasileiros, pretende investir no negócio.

"Fiz vários cursos para me especializar e hoje já tenho objetivos traçados para os próximos cinco anos. Entre os projetos que estou me dedicando está, no futuro, a abertura de franquias da minha empresa", conta Guedes.

Para Barrizelli, do SPC, porém, apesar do espírito empreendedor, o fato dos empresários estarem fora do sistema bancário na hora de abrir o negócio traz implicações negativas ao empreendimento. "Os pequenos varejos estão fora dos bancos por causa da burocracia do acesso ao crédito e as dificuldades de oferecer garantias. O impacto disso é que bons varejistas acabam sem condições de abrir a empresa, de se estabelecer ou de ampliar o negócio, porque contam apenas com os próprios recursos. Esse é um freio ao empreendedorismo", ressalva o economista.

Outro ponto que traz oportunidades, tanto aos varejistas quanto para os empresários do setor de TI, é o baixo número de empresas fora da internet: segundo o estudo, 82% dos empreendedores não utilizam novas tecnologias como e-commerce, automação comercial informatizada, displays interativos e sites de compras coletivas.

Para Osmar Dalquano Junior, coordenador estadual de varejo do Sebrae-PR, os varejistas precisam explorar esse recurso para se atualizar e não perder mercado. "Estar na internet é criar uma relação de valor com o cliente, melhorando o relacionamento. Além disso, a empresa precisa ser localizada, por isso, nada melhor que ser vista na internet, onde é possível estar presente e ajudar a poupar o tempo dos consumidores", ressalta.

O economista do SPC avalia que as empresas de TI precisam se adaptar a realidade do pequeno varejo, que podem aproveitar esse público carente de produtos direcionados a seu tamanho – a pesquisa pontua que o mercado pode chegar a 800 mil pequenos e médios varejistas. "O estudo mostra que há grandes oportunidades para as prestadoras de serviço, que precisam oferecer algo ao alcance dos pequenos varejos", avalia Barrizelli.

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